Eu e Rebecca fomos para a nossa próxima aula, que era álgebra, depois dessa aula, as outras duas aulas que a gente tinha passaram muito rápido. Quando percebi, já tinha batido o sinal pra gente poder ir embora.
Sai da escola sozinha e fui caminhando lentamente até a minha casa. Eu estava muito cansada, entrei em casa e logo já subi pro meu quarto. Eu estava sozinha em casa, pois meu pai estava trabalhando e ele só volta à meia-noite. Joguei minha mochila num canto do quarto, e fui abrir a janela pra poder entrar algum ar fresco.
Quando abro minha janela, olho pra fora e vejo que a janela da outra casa ficava bem à frente da minha. Fiquei pensando, quem poderia morar ali. Até que alguém abre a janela, foi ai que tomei um susto. Era o mesmo garoto do refeitório, aquele que a Re falou que era má influencia. Então quer dizer que ele é meu vizinho? Ha-ha-há, que legal...
Quando ele me viu, ficou me encarando por algum tempo, até que eu desviei meu olhar e voltei pro meu quarto. Meu Deus! Aquele garoto é meu vizinho! Fiquei chocada.
Me sentei na cama até eu retomar meu fôlego. Assim que o retomei, descia as escadas e fui até a cozinha, e preparei um lanche pra mim, que era meu almoço de hoje. Eu falei que a minha dieta era rigorosa...
Terminei meu lanche. Fiquei sentada um tempo na bancada pensando no que eu poderia fazer agora, bom... eu... poderia tomar um banho de piscinha, como agora fazia calor mesmo. Ótima idéia, banho de piscina.
Subi até o meu quarto, e procurei meu biquíni no closet, o coloquei e peguei meus óculos de sol, o protetor e uma toalha de banho.
Cheguei lá e passei o protetor pelo corpo, e logo em seguida já mergulhei. Fiquei nadando um tempo, até que tive uma leve sensação de estar sendo observada, abro os olhos e olho ao meu redor, mas não vejo ninguém.
Nossa que estranho! Essa sensação veio de novo, então abri rapidamente os olhos e olhei ao meu redor. Foi ai que o vi de novo, mais dessa vez eu o vi me observando tomar banho de piscina, isso me incomodou um pouco pois ele estava me olhando bem do outro lado da cerca, e ainda parecia que ia me comer com os olhos...
- ah, com licença – eu disse tentando ser educada – mais perdeu alguma coisa aqui? – perguntei.
- ah nada não – disse já se virando pra voltar pra dentro da casa.
- ei, espera – gritei pra ele que se virou novamente e me olhou com as sobrancelhas erguidas.
- o que foi? – perguntou.
- qual é o seu nome? É que eu sou nova aqui... e...
- me chamo Tom Kaulitz e você? – disse se aproximando de novo da cerca.
- sou Polliany, mas pode me chamar de Polly – eu disse simpaticamente.
- hum... eu vi você hoje na escola... percebi que você era nova. Então veio da onde?
- Brasil – eu disse sorrindo.
- sério? – perguntou meio surpreso – você parece ser mesmo de lá...
- por que?
- porque todas as garotas brasileiras são lindas, e você é... então por isso você parece ser dela – confesso, agora fiquei um pouco corada.
- ah, obrigada – eu disse olhando pra baixo.
- sabe, eu gostei de você – disse sorrindo – você parece ser divertida.
- ah depende, as vezes...
- então... será que eu posso ir ai? – perguntou.
- ah claro – eu disse sorrindo e saindo da água. Ta agora ele me comeu mesmo com o olhar, peguei minha toalha e comecei a me secar.
- tudo bem, estou indo – disse saindo da cerca e desaparecendo.
Terminei de me secar e corri pro meu quarto, colocando um short jeans, até que a campainha toca, desci e fui atender e era Tom.
- oi – disse.
- oi, vem entra – eu disse dano espaço pra que ele passasse.
- casa bonita – disse olhando a casa.
- obrigada, então quer fazer o que? – perguntei me sentando no sofá e o olhando.
- a qualquer coisa – disse – que tal, apenas conversar? – perguntou se sentando num outro sofá.
- pode ser, e sobre o que você quer conversar? – perguntei.
- você...
- ah eu?! Tudo bem então, faça as perguntas – eu disse cruzando minhas pernas em cima do sofá.
- por que você veio morar aqui? O Brasil fica tão longe daqui...
- é que a empresa onde meu trabalha, construiu uma filial aqui, e mandaram ele para vir pra cá comandar essa filial e então eu tive que vir junto, pois no Brasil eu morava com ele.
- e o que aconteceu com a sua mãe?
- bom, ela e meu pai se separaram quando eu tinha 8 anos e a minha guarda ficou com meu pai, porque ele tinha mais condições para cuidar de mim.
- hum... meus pais também são separados, eles se separaram quando eu meu irmão tínhamos 6 anos.
- hum... nossa... – eu disse – e onde está seu irmão agora? – perguntei.
- ah, ele ta pregado dentro do quarto, ele não sai de lá pra quase nada! Bom, ele é meu irmão gêmeo.
- sério? Nossa, deve ser legal ter um irmão gêmeo – eu disse sorrindo.
- depende as vezes é, mais as vezes não... ainda mais quando eles nos confundem e nos chamam um do nome do outro, eu odeio quando fazem isso – disse.
- é, isso deve ser chato mesmo...
- bom, Polly, eu sei que você chegou a poucos dias, mais um amigo meu vai fazer uma festa hoje a noite e eu queria te convidar pra ir comigo.
- um festa? Hoje? Eu não sei, eu não gosto muito de festas...
- ah, vem vai ser legal, e eu também não aceito não como resposta – disse rindo.
- ai tudo bem entoa, eu vou nessa festa com você, mais esse seu amigo mora muito longe? – perguntei.
- não, ele mora a três quadras daqui.
- hum, que bom.
- então passo aqui as 18:00h pode ser? – perguntou se levantando.
- claro, as 18:00h está ótimo – eu disse também me levantando.
- bom, eu tenho que ir agora, foi um prazer te conhecer Polly – disse beijando minha bochecha.
- eu prazer foi todo meu
- tchau então, até hoje a noite – disse saindo.
Nossa, uma festa logo hoje, e ainda mais com o garoto que dizer ser a má influencia... tomara que essa festa seja legal.