Nome: Infidelidade.
Genero: Drama/ Romance
Bill e Kate são casados e tem um filho de seis anos e uma linda casa em um bairro elegante de Nova York. Mas o acaso faz com que ela encontre em seu colega de trabalho uma chance para curar o tédio de um casamento sem salvação. Um relacionamento intenso se inicia e tudo isso sob os olhos de seu chefe que guarda uma paixão secreta pela mesma tornando-se aos poucos uma obsessão.
E a traição exige então o pagamento de um amargo preço.
Capitulo 1
Kate...
Esta certamente não é uma história simples de contar, mas acredito que nenhuma seja. Embora pareçam felizes, todas elas tem seus caminhos difíceis e momentos estranhos de total perda de controle.
E é assim que a minha história começa, perdendo totalmente o seu controle, o seu ritmo; fugindo do caminho que durante muito tempo eu julguei ser perfeito, mas que na verdade, era apenas uma sombra daquilo que eu realmente procurava e de tudo que eu necessitava - ou pelo menos achava que necessitava.
A maioria das pessoas que eu conheço procura suas próprias razões para realizações pessoais e comigo não era diferente, eu não queria que fosse.
Meu nome é Kate Oliver e sou aquele tipo de pessoa que jamais acreditou no amor, ou relacionamentos, sempre achei que morreria sozinha, rabugenta e velha em uma casa qualquer no meio campo, aonde ninguém chegaria perto por acreditar ter uma bruxa louca morando lá. Pois bem, eu estava enganada quanto a isso.
A vida tratou de me mostrar o meu real caminho no segundo ano da faculdade de direito que cursava em Harvard, onde eu o vi pela primeira vez. Ele havia deixado seus milhares de livros caírem no chão perto de mim e, então, eu levantei rapidamente da árvore em que estava encostada para tentar ajudá-lo. E após entregar a ele o último livro, pude ver o quão vermelho estava, o que era muito estranho. Essa foi a primeira vez que eu vi um homem ruborizar em minha frente. Claro, ele devia estar envergonhado por ter deixado seus livros caírem, mas a segunda opção em minha cabeça, me dizendo que a culpa era minha, me pareceu infinitamente melhor. Ele agradeceu, olhando rapidamente nos meus olhos, e seguiu andando para dentro do apartamento onde estudavam os calouros de medicina.
Esse foi o nosso primeiro estranho contato e, naquele momento, não me pareceu que teríamos algum futuro a não ser o mesmo de tantas outras pessoas, que apenas cruzavam aquele campus sem ao menos trocarem uma palavra. Eu nunca mais o veria, era o que a minha cabeça repetia o tempo todo.
Mas no dia seguinte ele estava lá, em minha árvore, no lugar que eu sempre estivera desde que fui parar em Harvard. E, para a minha total surpresa, ele estava lá por mim.
Nossa historia pode ser igual a muitas outras; tivemos o nosso primeiro encontro depois daquele dia e desde então, não nos separamos mais. Bill cursava o terceiro ano de medicina, era um aluno aplicado, sofisticado e inteligente. Ele não fazia o tipo que, segundo imaginava, se interessaria por mim. Mas eu estava enganada e ele deixou bem claro quando disse:
— Vou até aquela árvore todo o dia esperando encontrá-la. Quando não a encontro, sinto que meu dia está incompleto, que algo está faltando. — Virou o rosto de leve e olhou-me com um brilho divertido nos olhos. — Sinto sua falta, mesmo que nunca a tenha tocado.
Eu não o culpava, porque eu mesma passara dias sobre aquela árvore apenas esperando o momento em que o veria passar, atrapalhado com mil livros sobre os braços. E quando ele não aparecia, ficava ansiosa, com um nó no estômago, perguntando-me se o veria outra vez. Bill tinha um jeito sereno, relaxado, que me deixava à vontade para falar o que quisesse. Mas, na verdade, era eu, na maioria das vezes, que o deixava falar.
Ele parecia não se importar, como tantas pessoas, e não me forçava a me abrir.
Ele parecia saber, de forma intuitiva, que eu mudaria quando estivesse pronta. E eu era grata por isto.
...
E então, após algumas semanas, nós tivemos a idéia precipitada de alugarmos um apartamento pequeno em frente ao campus. Não conseguíamos mais ficar separados e a cada minuto que isso nos era exigido, compensávamos nas horas em que ficávamos trancados em nosso pequeno quarto mobiliado de pilhas e pilhas de livros.
Aquele era o nosso pequeno mundo e foi nele que juramos jamais nos separar.
...
Bill e eu nos formamos praticamente juntos e decidimos que estava na hora de darmos o nosso próximo passo e como todos imaginavam e esperavam, nós nos casamos.
Não tivemos surpresas, sabíamos como era nossa vida juntos, sabíamos que nosso trabalho, a partir daquele momento, também seria nosso único foco e era apenas nisso que pensávamos dia e noite.
Ele conseguiu um estágio no hospital de Massachusetts e eu consegui meu primeiro emprego como advogada em um escritório do pai de um colega de faculdade.
O trabalho nos exigia muito no começo e havia semanas em que nos víamos por poucas horas. Passávamos a maior parte no telefone, ou em e-mails rápidos entre os dias que se seguiam. Chegávamos em casa exaustos e na maior parte do tempo não queríamos fazer nada. Nosso casamento parecia estar fadado ao fracasso, até eu descobrir que estava grávida.
Meu susto infelizmente foi maior que a minha felicidade naquele momento; eu não podia e não queria ter um filho. Eu nunca havia sonhado com isso e Bill sabia disso, porque ele também nunca tivera planos para uma família; seriamos apenas ele e eu sempre.
Mas a vida naquele momento não estava de acordo com nossas vontades.
No quinto mês, eu tive que me afastar do trabalho para ter uma gestação tranquila e longe dos tribunais e de discussões eu fazia apenas trabalhos em casa e no computador.
Meu humor estava péssimo, eu não queria ver ninguém e culpava-me o tempo inteiro, mas no momento em que eu o senti mexer pela primeira vez, minha raiva foi substituída pelo sentimento mais estranho do mundo: o sentimento de mãe.
E os planos que até agora não tínhamos feito, começavam a ser tecidos aos poucos e ter aquela criança era tudo que podíamos desejar.
Quando Noah nasceu, minha vida se resumia a ele e minha rotina era visitar médicos, supermercados, farmácias e passear à tarde em parquinhos, onde milhares de crianças e suas babás passam o dia todo.
A vida no escritório em meio a montes de papéis havia sido substituída por trocar informações com outras mães que, com o nascimento de Noah, eu tive a possibilidade de conhecer; e foi em um destes que conheci Kely Colligam, outra advogada que também estava passando pelo mesmo momento que eu: abandonar seu trabalho para virar uma simples dona de casa.
E foi Kely quem me mostrou o quão chata minha vida havia se tornado, foi com ela que descobri o verdadeiro significado da palavra tédio.
— Eu estou gorda, flácida; não me entenda mal, eu amo a Jess, mas eu não sou mais eu, você entende? — Ela falava chorosa, enquanto colocava uma papinha gosmenta na boca da filha.
— Sim, acho que entendo. Estou me sentindo assim também.
— Há cale a boca, você está ótima. — Ela bufou. — Não consigo entender que lei é essa que fazem algumas mães ficarem horríveis e outras ficarem mais lindas.
— Eu me sinto horrível. — Falei, encarando-a. — Eu não gosto de me olhar no espelho; Bill diz que eu estou bem, mas ele mente de qualquer maneira, então porque eu acreditaria?
— Ele mente pra você?
— Ele não quer me magoar.
— Entendo, meu marido faz o mesmo. Eles não sabem de nada. Eu estou entediada, perdi totalmente o rumo quando saí daquele escritório, minha vida está um tédio, aliás, o que restou dela.
Olhei para Noah naquele momento e ele sorriu para mim, então me dei conta de que jamais poderia estar arrependida; que não aguentaria culpá-lo um dia por estar da mesma forma que Kely Colligam.
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Esta fanfic é baseada em um antigo livro que li, mas apenas baseada, eu não gosto de plágios. Tenho poucos capítulos prontos então farei um teste: Se gostarem continuo postando, do contrário...
Ps: Todas as minhas personagens principais se chamam Kate.
Última edição por Birdy em Qua Out 17, 2012 7:56 pm, editado 7 vez(es)