Autora: Nanda Kaulitz
Genero: Amizade, humor
cap 1 - Minha escola, meus delírios...
O que mais uma adolescente de 16 anos tem pra sofrer na vida? Alem da TPM, espinhas na cara e tudo mais. Eu acho que, em algum lugar, devem existir colégios em que as tias da secretaria não têm cheiro de caramelo de amendoim e café barato. Na verdade, eu não me surpreenderia de saber que NENHUMA escola é assim. Só a minha.
Muitos adultos têm essa necessidade de beber café o dia todo pra ficarem alertas e com mau hálito. O diretor tinha uns óculos tão grandes que eu acho que dava pra ver e contar átomos na aula de ciências. Um dia ele perguntou se eu não queria experimentá-los, mas nesse momento entrou uma das tias da secretaria, o nome dela: FEIURA PURA. Soltei um berro!
Feiúra pura não devia ser ampliada tanto assim...
Todo colégio sempre tem uma garota estranha com uma amiga pirada, que é apaixonada por um garoto, mas não fala e que morre de ciúmes quando a sua rival (e geralmente patricinha) da em cima dele.
Eu seria a estranha, Gabi, a amiga pirada, Bill, o garoto que eu gosto e Bellinha, a minha atual rival.
O problema é que tem alguma coisa muito irritante nas pessoas perfeitas. Quando ela é legal, me deixa louca. Quando ela é bonita, me deixa louca. Isso nunca muda. Acho que a única coisa legal na Bellinha é que ela não poderia me incomodar ainda mais do que já incomoda.
Já o Bill (ahh… o Bill) ele é perfeito e não me irrita, nós trocávamos a mamadeira no jardim de infância (não é fofo?). Ele não é que nem os outros garotos não têm aquele corpinho sarado que toda garota gosta, mas ele é sexy, sexy ate de mais, sexy ao extremo!
As garotas dizem que ele é gay, mas ele não é, afinal, ele me deixou bem claro isso! Ele é magrinho, tão magrinho que um dia estávamos na praia a passeio da escola e ele acenou pra mim e do nada uma onda veio e levou ele.
O Tom, o garanhão da escola, era irmão gêmeo dele, mas não parecia! Ele sim tinha um corpinho de “Deus nos acuda!” e a Gabi era a que mais babava em cima depois do momento “fui ao paraíso e voltei” que ela teve.
Foi na praia também e eu presenciei este momento dela, onde ela passou protetor naquele corpo maravilhoso e ele retribuiu com um abraço.
Pelo que eu conheço o Tom não daria só um abraço e sim, lascaria um beijão nela!
Também tem a Tyfanny, uma prima minha que estuda no mesmo colégio que eu, ela é muito, muito, fã do Jared Padalecki, ou Sam, ou Samy, ou, como ela o chama de um jeito carinhoso, Samyzinho.
Não importa, ela ta sempre falando dele, é Sam pra cá, Sam pra lá, é Sam quase 24h! Bem, as coisas andam meio… como eu posso dizer?… “entediantes” por aqui, o problema todo é o professor Davom, que nunca ri!
Todo mundo ri quando tem um momento feliz (ele é professor, por isso que não tem momentos felizes, ou o salario deve ser baixo) eu, por exemplo, fico feliz quando vejo o Bill (ahh… o Bill). A Gabi quando vê um prato de sorvete e sabe que pode comê-lo ou simplesmente se um garoto bonito da mole pra ela, o Tom fica feliz quando não tem aula e o Bill (ahh… o Bill) sei lá, geralmente ele esta sempre rindo e isso ate me faz bem.
Já a Tyfanny fica feliz só de ouvir o nome Samy, ou qualquer outro nome derivado (vai entender?!). Mas voltando ao assunto, as aulas do professor Davom (o que nunca ri!) me davam sono então eu resolvia tirar um cochilo. Se eu fosse professora morreria de fome porque me recusaria a dar aulas para uma turma tão insuportável como é a minha!!
Os meus sonhos são sempre os mesmos eu podendo beijar o Bill, ficar com ele, era sempre isso, eu sonhava com isso ate acordada só que acordada eu babava, já tinha virado passa-tempo.
O que? Eu sou diferente, em vez de fazer cruzadinhas, eu ficava rabiscando o nome do Bill numa folha de caderno ou imaginar 100 mil maneiras de me declarar pra ele mesmo ele nem sabendo que eu existo (ainda acho que aquele aceno na praia era pro irmão dele que estava atrás de mim) e no mínimo ele nem se lembra do lance das mamadeiras.
Outro passa-tempo preferido meu é imaginar 50 mil maneiras de fazer a Bellinha sumir, mandar alguém dar cabo nela… amarrá-la numa arvore (de preferência com a boca fechada, ninguém ta a fim de perder os tímpanos, afinal, ela sempre foi mais bonita de boca fechada) ou simplesmente pedir pra um mágico sumir com ela.
Mas falando de algo “nem tanto” legal quanto os meus passa tempos, o evento mais esperado do ano aconteceria daqui a três meses, na verdade cinco, a peça de teatro que este ano seria sobre o filme “Arthur e a Vingança de Maltazard”.
As inscrições durariam dois meses, um mês seria para selecionar quem ganharia os papeis, e mais dois pro ensaio.
–Nanda, por que não tenta o papel da Selenia? Perguntou Gabi.
–De quem?! -Fala a minha língua pô!
–Selenia, a princesa dos Minimoys.
–Mini o que?
–Minimoys! Ela é a 2º personagem mais importante depois do Arthur.
–E por que eu deveria tentar?
–A lista esta vazia e o Bill ganhou o papel de Arthur.
–Como? Se a seleção dos papeis nem começou?
–Simples! O Bill ganhou o papel principal por que ele é o único dos guris que tem coragem de participar de uma peça de teatro, e como a Selenia da um “beijinho” no Arthur, as garotas daqui já sabendo disso não vão querer saber de teatro muito menos de dar um selinho no Bill.
Não sei por que, mas as gurias não gostavam do Bill, e se gostavam, tinham ele como um amigo gay, o que ele não era...
–Ok, eu to dentro… Ate pode ser divertido seria uma oportunidade pra mostrar os meus talentos. –Falei colocando o meu nome na folha.
–Eu também vou me escrever. –Disse a Gabi terminand0o de assinar outro papel.
–Você?
–Se o Bill esta na peça, o Tom também vai estar. Ele se escreveu no papel de Max, um cara muito louco que anda de sunga por ai, foi uma pena que a diretora não deixou ele ficar assim, pelo menos ele vai ficar sem camisa e eu não perderia isso por nada.
–E qual papel você esta se candidatando?
–Figurante. Só quero ficar em volta. –Disse ela com um sorriso malicioso.
–É talvez o Tom deixe você passar protetor nele de novo.
Nós começamos a rir... No final da aula, nós estávamos no portão do colégio, pra minha surpresa o Bill veio falar comigo… (ahh… o Bill).
–Oi Nanda, fiquei sabendo que você se escreveu na peça, que papel vai fazer?
–Se… se…
–Selenia? –Completou-o.
–Isso! Isso mesmo…
–Vai ser divertido trabalharmos juntos, tchau!
–Tchau…
–Fernanda, volta pra terra! –Disse Gabi me chacoalhando.
–Quer saber de uma coisa? Eu to ansiosa para os ensaios.
–Mas a seleção dos papeis nem começaram! Agora me responde: Porque eu perco as palavras quando tô perto dele? Ele é tão fofo...
–Meu papel já ta garantido!
Dias depois…
Eu, Gabi, Tom e o Bill (ahh… o Bill) estudamos juntos e ficamos sabendo que o senhor Davom (o que nunca ri) tinha saído do colégio, talvez ele tenha cansado de ver nós rindo dele, que nunca ri, e resolveu “não rir” em outra escola.
Eu e a Gabi estávamos na cantina, eu estava tomando um Milk-shake e a Gabi degustando da sobremesa do dia: Sorvete de flocos com calda de chocolate. O Bill estava sentado duas mesas a minha frente com o Tom.
–Vai lá! Senta com eles, puxa assunto. –Com se fosse fácil. –É mais fácil falar do que fazer, por que você não vai lá?
–Ok, mas não vou sozinha!
A Gabi me arrastou da cadeira ate a mesa.
–Oi Tom, oi Bill! –Disse ela com um sorriso de orelha a orelha. –Oi Gabi! –Disseram os dois juntos.
–Nanda, senta. –Falou a Gabi me puxando pra baixo.
–Para de me puxar.
–Oi Nanda.
–Oi… Bill. –Falei meio sem jeito.
Eu me sentei, logo eles começaram a conversar, ate que me soltei um pouco.
–Tchau pessoal! Nós vemos na seleção no final do dia. –Disse o Bill.
Seleção? Final do dia? Não isso esta tudo rápido de mais!
–Como assim “seleção no final do dia”?
–Minha querida amiga Fernanda, você tem que ver a lista dos personagens! Não tem quase ninguém pra concorrer nos papeis!
–Ok, ok, eu entendi. –Esse bando de irresponsáveis, cadê a cultura deles?
No final do dia…
–Dei-me mais alguns minutos, segundos! Eu preciso ver a Selenia!
Eu poderia ficar ali olhando o Bill o dia inteiro, ele atuava perfeitamente, e fazia o papel como se estivesse na pele do próprio personagem. Sabe que os dois tinham muito a ver um com o outro? Alem da franja, a fofura, o sorriso, as bochechinhas!
Arthur com certeza era o personagem perfeito pra Bill.
–Fernanda, acorda! Disse Gabi me cutucando.
–O que?
–Mas que coisa! Você vive sonhando acordada. Você é a próxima...
–Eu sei, mas o Bill ainda esta lá dentro.
–Mas já esta saindo. Ai vem ele!
O Bill saiu da sala com o roteiro na mão e um sorriso no rosto (ahh… o Bill).
–Parabéns! Pelo visto você conseguiu.
–Estou tão feliz.
–Fernanda Lacerda! Falou à mulher que seria a diretora da peça.
***
–Tenho que fazer isso sozinha, a equipe vai se separar, você vai procurar seu tesouro e eu vou cuidar do M e se eu tiver êxito, nos encontramos aqui… bom, se eu falhar deixo todos os meus poderes a você… seja um bom rei!
O que parecia eu com uma espada dourada falando e apontando pro nada, loucura total!
–Ok, você ficou com o papel de Selenia.
–Minha garota, você foi ótima, a sua expressão, o jeito que olhou pro nada, EXPLENDIDO! –Dizia a doida da diretora olhando pra mim e batendo palmas. Parecia que ela tinha curtido a forma que eu olhei pro nada... ¬¬’
–Obrigada. –O que eu podia fazer? Dei um sorrisinho e sai.
–Eu sabia que você ia conseguir. –Disse Gabi apertando a minha mão. E eu deveria me orgulhar daquilo? Afinal, era eu contra eu, era óbvio que “eu” ganharia. ¬¬’
–Gabi… eu era a única a concorrer ao papel.
–Admita você se superou!
–Gabriela Loreto!
–Vai lá Gabi, é a sua vez. –Falei lhe empurrando pra dentro da sala, eu fiquei olhando ali pela janelinha.
–É sua amiga, não é?
–É sim.
–Ela vai ser figurante?
–Ahã. Espera ai. Com que eu… Bill?
Como pude não reconhecer a voz!
–Oi! –Ele abriu aquele sorriso que me fazia derreter. Ouvi latidos de cachorros vindo do final do corredor, quando olhei era a Tyfanny com cinco cachorros em volta dela.
–O que você esta fazendo?
–Levando o Sam pra passear.
–Só o Sam? E qual deles é o Sam?
–Preciso de grana. –A Tiffany era tão apaixonada pelo Sam, que deu o nome dele pro próprio cachorro.
–Então por que você esta aqui?
–Vim ver se ganhou o papel.
–Sim, ganhei.
–Parabéns! Quero ir aos ensaios.
–Ok, te aviso quando começarem.
–Tchau! –Disse ela sendo levada pelos cachorros.
–Ganhei! –Falou Gabi saindo da sala.
–Qual papel?
–O do cozinheiro. –Disse ela meio que rindo.
–Ok, não discuto escolhas perfeitas. –Ouvimos alguém correndo na nossa direção.
–Cheguei! Cheguei! Cheguei!
–Quem chegou? –Falei me virando, era o Tom que estava gritando doidamente!
–E ai galera? Cheguei a tempo?
–Sim, agora entra logo.
O Bill deu um empurrão no Tom, que caiu e deu de cara com o chão.
–Senhor Tom Kaulitz… tudo bem?
–Sim senhora. –Disse o Tom se recompondo, a Gabi o ajudou a levantar.
***
–Eu to sem grana, vou ficar te devendo essa… se tu não me deres à informação, vou espalhar pra todo mundo que você usa peruca.
–Ótimo você vai ficar com o papel de Max.
–Valeu tia!
Acho que a tia não gostou de ser chamada de “tia”. Dá um café pra ela que ela melhora logo...
–Nossa! Aquela velha me olhou como se fosse me matar! –Talvez ela quisesse.
–Bem, ganhamos os papeis que queríamos agora é ir pra casa e esperar os ensaios começar. –Disse Gabi, estávamos prontos pra sair quando a doente da diretora da peça resolveu abraçar eu e o Bill, um de cada lado morrendo de nojo do cheiro enjoativo do desodorante misturado com uma colônia mega doce, sai de perto antes que eu vomite!
–Meus queridos, vocês poderiam fazer os figurinos?
–Hããã…
–Muito obrigado, vocês são uns amores, agora deem licença para Lucia aqui, preciso descansar a beleza, meu rostinho não suporta a tensão do dia, só de pensar que amanhã tenho que estar aqui. Ah! Isso me mata!
A mulher saiu escola a fora, nós ficamos ali tendo pena da pobre mortal louca.
–Agora já sabemos o nome da megera maluca. –Disse o Bill me fazendo rir.
–Pessoal, estou me retirando, tenho que começar a fazer o figurino em casa e decorar as falas pros ensaios.
20 dias depois… 1º dia de ensaio…
–Você tem que tropeçar COM CLASSE!
–Com classe?
–SIM!
Cada dia que passava a diretora ficava mais louca.
–Selenia? Onde esta ela? –A diretora estava me procurando, mais parecia que estava me caçando, até que ela me farejou...
–Sim?
–Ai esta você… Onde estão os soldados do Maltazard? Quero-os aqui!
Entrou seis guris com um figurino muito louco que o Bill tinha feito baseado nos soldados originais…
–Você minha querida, vai derrotar todos esses.
–Eu vou? –Eu vou?
–Sim e mais!
–Mais? –Mais?
–Vamos começar! Estamos nem no meio do espetáculo!
A diretora abriu espaço pra mim. Quando aqueles guris vieram pra cima de mim eu tive que me livrar deles, então eu bati pra valer!
–Assim?
–BRAVO! BRAVO! BRAVISSIMO! Esta ótimo, depois vamos ensaiar com o figurino.
–Quantas vezes ainda vamos ter que ensaiar essa cena? –Perguntou um dos guris atirado no chão.
2º dia de ensaio…
–VAMOS DO COMEÇO! DESSA VEZ COM O FIGURINO!
Só de pensar que teria de mostrar a minha barriga em publico me deixava nervosa, enquanto eu procurava um lugar pra me trocar, havia vários Minimoys andando por ai, vi então a Gabi vestida de cozinheira e com um bigode. Há! Há!
–Meu Deus! Você tem bigode! –Falei meio a risos.
–Há, há engraçadinha! NINGUÉM TINHA ME FALADO QUE EU TERIA QUE USAR UM BIGODE!!
–Quando você ganhou o papel estava escrito “cozinheiRO”, entendeu?
–Pra que colocar tanta ênfase no “RO”?
–Eu preciso de um lugar pra me trocar.
–Vai ali, já esta desocupado.
–Obrigado.
Era uma espécie de vestiário ou provador que nem tem nas lojas de roupa.
5min depois…
–Cara, tem muita gente aqui.
Ainda escondida atrás da cortina do vestiário, eu observava o movimento que tinha ali. Quando eu resolvi sair em fim, eu vi o Tom do meu lado, me assustei e comecei a gritar, quer dizer, nós gritamos…
–Você também ta usando bigode! É ruivo! Onde esta o resto da sua roupa?
–Não tem resto, é só isso.
–ONDE ESTA A SELENIA!!!
–Ih! Tão me chamando.
Todos se surpreenderam ao me verem daquele jeito, ainda mais com aquelas calças meio coladas, mas gostei dos sapatos, eram legais!
–Vamos, entre e fique de frente para a espada,
Quando eu vi o Bill com aquela roupa de Arthur (ah… o Arthur, quer dizer, o Bill).
–Nanda, acorda!
–Ah sim.
Nós fizemos a cena onde eu tenho que tirar a espada da pedra, mas antes eu tinha que sapatear e espernear um pouquinho. O Bill tava tão lindinho naquela roupa!!! Já as outras garotas da peça babavam no Tom, que andava por ai sem camisa mostrando seu corpinho.
3º dia de ensaio…
–Vamos da onde paramos a cena aonde vocês vão ao encontro do… M do mal.
Falava a diretora sentada na arquibancada, com as pernas cruzadas com o seu casaco longo de plumas rosa (verdadeira perua de Hollywood!).
–Betameche me de o seu canivete.
–Toma, mas não vá quebrar.
Ensaiamos algumas cenas e depois demos um tempo pra lanchar…
–Cozinheiro, pode me trazer algo pra comer? –Brinquei com a Gabi, ela me alcançou um pacote de Doritos, então eu procurei um puf pra me sentar. Aquele teatro era “enorme”, tipo: Muito grande! O palco era enorme e a arquibancada nem se fala, tinha ate área vip.
Por isso que a peça de teatro do colégio era a coisa mais esperada de cada ano, o melhor de tudo que só o pessoal das 8ª series e do ensino médio podiam participar.
–Você vai ficar resfriado se continuar desse jeito.
–E tu? Com essa roupa apertada o teu amiguinho não deve conseguir nem respirar ai dentro.
O Bill e o Tom estavam discutindo quando o Bill veio e se sentou comigo.
–Oi Nanda! Esta se divertido com a peça?
–É. Ta sendo mais divertido do que eu imaginava. –com você por perto, tudo fica divertido.
–Em imaginar que a diretora esta recém nas 1ªs partes do 1º filme.
–Como assim 1º filme?
–Ela quer fazer cenas do 1º filme pra que o pessoal entenda o 2º, por isso que estamos ensaiando essas cenas.
–Então quer dizer que não estamos fazendo “Arthur e a vingança de Maltazard” e sim “Arthur e os Minimoys”?
–Sim. Não olhou os filmes?
–Hã… não.
–Pois é, estamos no 1º filme e nem chegamos à metade.
–Vai dar trabalho, mas vamos nos divertir.
O Bill se levantou e, ajeitou o colete e me perguntou de novo…
–Você não viu os filmes, certo?
–Certo.
–Então você… não sabe dos três beijos?
–Beijo??? Que beijo?
–No 1º são dois, no 2º é um, entendeu? 2+1=3
Eu ri dos cálculos dele, mas entendi o que ele quis dizer… espera ai!…3! Ele disse três? Ninguém me avisou disso! Fiquei sabendo que era um, mas agora são três não que eu não queira beijá-lo, mas ainda assim… acho que isso é apressado de mais…
4º dia de ensaio…
–E ai minha gente? Gostaram? –Disse o Tom mostrando a obra de arte no palco. Eu, o Bill e a Gabi estávamos pasmos e a diretora maravilhada com o que via. Era uma espécie de disco de vinil gigante que estava no meio do palco.
–TOM, VOCÊ É UM GÊNIO!!! Dizia o Bill.
–Consegui achar ate as musicas que tocam no filme.
Com certeza essa seria a melhor peça de todos os anos, estávamos todos empolgados e determinados a fazê-la. Tivemos ate a ajuda do pessoal do laboratório de ciências pra fazer um liquido verde e que solte fumaça.
–VAMOS A CENA DO BAR!
–Finalmente vou fazer algo. –Disse Tom no palco, eram as 1ªs cenas dele.
–Gostei da idéia do disco.
Falei entre o Bill e o Tom e o garoto que estava fazendo o papel do Betameche.
–Vamos bailar Nanda! –Disse o Tom arriscando alguns passos comigo.
–Tom, a cena não começou ainda. -Falou o Bill bem serio. Isso me pareceu ciúmes… Alguns figurantes já estavam dançando em cima do disco que ficava rodando bem de vagar. Quando eu tive que dançar com o Tom, foi engraçado, por que ele não sabia dançar musica lenta, resultando numa pisada no meu pé.
Varias garotas dariam tudo para estar no meu lugar naquela hora e eu cederia o lugar se eu pudesse…
–Onde eu assino?
–Em qualquer lugar, não vai fazer diferença.
–Desculpa, mas ele já assinou com nós!
Eu tinha que puxar o Bill pra pista de dança…
–Então quer dizer que daqui a dois dias você vai fazer mil anos?
Não, que assunto mais sem graça. Mas o que importa é que eu estava bem pertinho do Bill (ahh… o Bill). Aqueles olhinhos que eu adorava, ele estava tão fofo que se eu pudesse
apertaria suas bochechas.