Oi, aliens!!Então, eu sei que ainda não terminei o conto de terror e talz, mas eu vou terminar!!Eu juro!!rsrsrsrsrsrs
É que não tenho tido tempo pra pensar no conto...Tenho pensado muito em YAG (ou GAY, como a Kárita gosta de dizer ) Mas, enfim...Tenho ouvido muito aquela música que o Bill gosta ''I follow rivers...'' e ontem fiquei pensando no que ele pensa quando ouve essa música!Sim, eu tenho essas maluquices!
Então, ouvindo a música, comecei a escrever esta mini-fic.....E não vou demorar em postar o resto, prometo!!rsrsrsrsrs
Espero que gostem....Enjoy!
O mundo que existe por trás do muro...
Nada pra fazer.São seis da manhã e ainda não dormi.Perdi horas trabalhando arduamente e, após xícaras e mais xícaras de café, não sinto sono.Aliás, desejaría todo o sono do mundo nesse momento.A manhã está fria e o sol já começa a iluminar algumas janelas dos prédios.Tomo mais um gole de café e respiro a fumaça do cigarro.Me lembro de tragar, sinto a fumaça descer pela minha garganta e preencher os pulmões.Não faz bem, mas eu continuo.Fazemos o mesmo com tantas coisas na vida, não é?
Suspiro e jogo minha cabeça para trás, recostando-a contra o encosto da poltrona.Como disse, desejaría todo o sono do mundo pra esquecer o que sinto agora.Sinto frio, sinto uma sede que água nenhuma sacia, sinto fome de algo imaterial, sinto uma falta densa e maçante de algo indizível, que não conheço na pele.Só no coração.
“O que ela está fazendo agora?’’ Penso, olhando para o teto e solto a fumaça do cigarro para cima.
Minha mente começa a fervilhar de perguntas como essa.Os pensamentos são como água, se abrir um pouco as comportas e deixar uma dúvida escapar, milhões de outras dúvidas escaparão e então é impossível conter.
Aperto os olhos.Eu penso em alguém.Eu sempre penso em alguém.Em qualquer lugar, em qualquer hora, enquanto trabalho, enquanto leio as notícias dos jornais, enquanto falo em entrevistas...Sempre.
Tenho a desconfortável mania de olhar para o meu público, para as milhares nas plateias e imaginar se ela não está alí no meio delas, perdida em algum canto.Às vezes prefiro acreditar que não.Prefiro acreditar que ela não me idealiza, pra eu ter a chance de não decepcioná-la.Gosto de pensar que ela não vá me desejar pelo que pensa que sou, pra eu ter a chance de me mostrar à ela, pra ela ter a chance de me conhecer como eu realmente sou.Um cara de carne e osso, alguém que não é feito de papel.
Eu procuro por ela.Eu sempre procuro.Quando paro nos sinais vermelhos e vejos os pedestres eu sempre penso que existem tantas.Uma delas podería ser ela.Uma delas tem que ser ela!Eu fico louco com isso!
Às vezes me canso de estar sempre tão sozinho e penso em deixar acontecer como todos fazem, só que isso nunca dá certo.Eu não sou como os outros, eu não consigo jogar o jogo que eles jogam.Porque esses jogos me deixam louco e eu acho que não nasci pra isso.Sinto que existe um muro envolta de mim, algo muito forte na verdade, um muro de desconfiança que não pode ser facilmente quebrado.Não é só pela fama, é por dor.Não quero me machucar.
Mesmo assim, nunca deixo de pensar nela.Eu a procuro a vida inteira.Eu sempre a procurei e tenho uma certa convicção de que sempre vou procurar, até o dia em que estiver cansado e não tiver mais tempo.Até o dia em que morrer.
Nunca vou encontrá-la.
Me sinto como um rio parado.Não posso ir de encontro ao oceano...Estou preso demais atrás desse muro.Não posso alcançar o mundo atrás dessa parede.E eu acredito, lamentavelmente, que ela é esse mundo.
Olho de novo através do vidro e começo a assobiar aquela canção que tenho ouvido. “Eu sigo você.” Eu a sigo, mas só em pensamentos.Talvez, se eu fosse normal, se tivesse um emprego normal e confortável no anonimato, fosse mais fácil encontrá-la.Talvez esse muro também seja culpa do meu trabalho, das minhas escolhas.Talvez seja minha culpa.Sinto que isso me afasta dela, porque assim ela não pode me achar.
“Tudo bem.” Respiro. “Se você não pode me encontrar, eu encontro você!’’
Do outro lado do muro...
“Como eu te encontro, senhor amável?” Penso, tamborilando a xícara com os dedos e dançando a música antiguinha que toca no rádio da lanchonete. “Senhor amável?Que patética!” Me repreendo e olho para a rua.Apoio o queixo na palma da mão e o cotovelo na mesa.Observo as pessoas apressadas.Cada um com seus horários, seus deveres, suas obrigações.Eu, nem de longe, escapo de ter os mesmos hábitos.São seis da manhã e sinto sono.Bebo café como quem bebe um pouco de vida.Um pouco mais de vida espanta o sono.Tenho tido muito sono e tão pouca vida.
Talvez se fosse bonita e famosa como as modelos dos banners, tivesse um pouco menos de sono e tédio.Talvez não estivesse tão futilmente sozinha.
Jogo os pés para frente e me recosto no encosto da cadeira.Bebo mais um gole.O café já está frio e a fumaça do cigarro acaba de escapar pelos meus lábios.Que lábios incultos!Cada dia tocando lábios diferentes na tentativa infinita e frustrada de trocar algo mais do que beijos.Quero trocar pensamentos, quero trocar sonhos, quero trocar juras, quero trocar palavras que façam sentido, quero compartilhar mais do que suspiros, quero compartilhar a alma.Busco isso como quem busca alimento.Tenho sede de beleza interior.Sinto falta de alma.Sinto falta de amor.
Sonho com um oceano inteiro onde eu possa desaguar minhas convicções e ideais.Sonho em ser um oceano, sonho em ser o mundo inteiro de alguém, sonho em ser o porto seguro e a cura dos males.Soa ridículo, eu sei, mas todos os sonhos de amor são ridículos.Mais ridículo ainda é quem não sonha.
E aqui estou eu.Sozinha em uma mesa, tomando um café solitário e desejando imensamente contar meu sonho idiota da noite passada à alguém.Não há ninguém nas outras três cadeiras da mesa e, honestamente, não há ninguém na minha também.Eu não me sinto ‘’alguém’’ o suficiente, principalmente depois de perder as contas de quantos homens já conheci e beijei, depois de conversas alcoolizadas sobre trabalho, jantares cheios de tédio e piadinhas sem graça.Estive com muitos caras nessa vida, mas todos juntos não daríam um.Como os homens podem ser cheios de beleza por fora e vazios de beleza por dentro!
Parecem túmulos:Bonitos por fora, apodrecidos por dentro.
“Oh, Deus!Eu procuro rios onde só existe escassez.” Abro o jornal, pra disfarçar minha expressão de desgosto. “Senhor amável, onde está você?” O pensamento me escapa e, tolamente, olho ao redor.Que tolice!Por acaso pensei que enxergaría alguém com uma estrela brilhando no ombro direito e, BINGO!, é ele?As coisas não funcionam assim!Infelizmente.
“Se você não pode me encontrar, eu te encontro.’’ Rabisco em vermelho em cima de uma reportagem da manhã.Mais um cigarro se junta à outros três no cinzeiro.Todos meus!Algo que não faz bem, mas que insisto em fazer.Há tanto na vida que repete essa lógica!
Viro a página.Encontro a agenda semanal da cidade.Vejamos...Teatro na quinta-feira.Não.Os filmes em cartaz nos shoppings da cidade.Nem pensar.Um concerto de Elthon Jhon na sexta.Pode até ser.Um concerto de Tiggerfinger!
Começo a assobiar aquela música deles que tenho ouvido muito ultimamente.Circulo o anúncio do show e a data.Sábado.Dia em que os namorados saem para seus encontros e cinemas.E nós, os solteiros, vamos à pubs, baladas e shows, onde nos embebedamos, beijamos alguém totalmente estranho e desconhecido, dançamos, fingimos estar muito felizes com a companhia, arrumamos uma desculpa pra ir embora mais cedo, e antes que amanheça já estamos de volta, sozinhos, enrolados nos cobertores em casa, dormindo pesadamente, nos preparando para a ressaca moral e a solidão que acorda conosco pra peparar o café.
Como é aconchegante e feliz a vida independente – e amarga - dos solteiros.
É que não tenho tido tempo pra pensar no conto...Tenho pensado muito em YAG (ou GAY, como a Kárita gosta de dizer ) Mas, enfim...Tenho ouvido muito aquela música que o Bill gosta ''I follow rivers...'' e ontem fiquei pensando no que ele pensa quando ouve essa música!Sim, eu tenho essas maluquices!
Então, ouvindo a música, comecei a escrever esta mini-fic.....E não vou demorar em postar o resto, prometo!!rsrsrsrsrs
Espero que gostem....Enjoy!
XXX
O mundo que existe por trás do muro...
Nada pra fazer.São seis da manhã e ainda não dormi.Perdi horas trabalhando arduamente e, após xícaras e mais xícaras de café, não sinto sono.Aliás, desejaría todo o sono do mundo nesse momento.A manhã está fria e o sol já começa a iluminar algumas janelas dos prédios.Tomo mais um gole de café e respiro a fumaça do cigarro.Me lembro de tragar, sinto a fumaça descer pela minha garganta e preencher os pulmões.Não faz bem, mas eu continuo.Fazemos o mesmo com tantas coisas na vida, não é?
Suspiro e jogo minha cabeça para trás, recostando-a contra o encosto da poltrona.Como disse, desejaría todo o sono do mundo pra esquecer o que sinto agora.Sinto frio, sinto uma sede que água nenhuma sacia, sinto fome de algo imaterial, sinto uma falta densa e maçante de algo indizível, que não conheço na pele.Só no coração.
“O que ela está fazendo agora?’’ Penso, olhando para o teto e solto a fumaça do cigarro para cima.
Minha mente começa a fervilhar de perguntas como essa.Os pensamentos são como água, se abrir um pouco as comportas e deixar uma dúvida escapar, milhões de outras dúvidas escaparão e então é impossível conter.
Aperto os olhos.Eu penso em alguém.Eu sempre penso em alguém.Em qualquer lugar, em qualquer hora, enquanto trabalho, enquanto leio as notícias dos jornais, enquanto falo em entrevistas...Sempre.
Tenho a desconfortável mania de olhar para o meu público, para as milhares nas plateias e imaginar se ela não está alí no meio delas, perdida em algum canto.Às vezes prefiro acreditar que não.Prefiro acreditar que ela não me idealiza, pra eu ter a chance de não decepcioná-la.Gosto de pensar que ela não vá me desejar pelo que pensa que sou, pra eu ter a chance de me mostrar à ela, pra ela ter a chance de me conhecer como eu realmente sou.Um cara de carne e osso, alguém que não é feito de papel.
Eu procuro por ela.Eu sempre procuro.Quando paro nos sinais vermelhos e vejos os pedestres eu sempre penso que existem tantas.Uma delas podería ser ela.Uma delas tem que ser ela!Eu fico louco com isso!
Às vezes me canso de estar sempre tão sozinho e penso em deixar acontecer como todos fazem, só que isso nunca dá certo.Eu não sou como os outros, eu não consigo jogar o jogo que eles jogam.Porque esses jogos me deixam louco e eu acho que não nasci pra isso.Sinto que existe um muro envolta de mim, algo muito forte na verdade, um muro de desconfiança que não pode ser facilmente quebrado.Não é só pela fama, é por dor.Não quero me machucar.
Mesmo assim, nunca deixo de pensar nela.Eu a procuro a vida inteira.Eu sempre a procurei e tenho uma certa convicção de que sempre vou procurar, até o dia em que estiver cansado e não tiver mais tempo.Até o dia em que morrer.
Nunca vou encontrá-la.
Me sinto como um rio parado.Não posso ir de encontro ao oceano...Estou preso demais atrás desse muro.Não posso alcançar o mundo atrás dessa parede.E eu acredito, lamentavelmente, que ela é esse mundo.
Olho de novo através do vidro e começo a assobiar aquela canção que tenho ouvido. “Eu sigo você.” Eu a sigo, mas só em pensamentos.Talvez, se eu fosse normal, se tivesse um emprego normal e confortável no anonimato, fosse mais fácil encontrá-la.Talvez esse muro também seja culpa do meu trabalho, das minhas escolhas.Talvez seja minha culpa.Sinto que isso me afasta dela, porque assim ela não pode me achar.
“Tudo bem.” Respiro. “Se você não pode me encontrar, eu encontro você!’’
Do outro lado do muro...
“Como eu te encontro, senhor amável?” Penso, tamborilando a xícara com os dedos e dançando a música antiguinha que toca no rádio da lanchonete. “Senhor amável?Que patética!” Me repreendo e olho para a rua.Apoio o queixo na palma da mão e o cotovelo na mesa.Observo as pessoas apressadas.Cada um com seus horários, seus deveres, suas obrigações.Eu, nem de longe, escapo de ter os mesmos hábitos.São seis da manhã e sinto sono.Bebo café como quem bebe um pouco de vida.Um pouco mais de vida espanta o sono.Tenho tido muito sono e tão pouca vida.
Talvez se fosse bonita e famosa como as modelos dos banners, tivesse um pouco menos de sono e tédio.Talvez não estivesse tão futilmente sozinha.
Jogo os pés para frente e me recosto no encosto da cadeira.Bebo mais um gole.O café já está frio e a fumaça do cigarro acaba de escapar pelos meus lábios.Que lábios incultos!Cada dia tocando lábios diferentes na tentativa infinita e frustrada de trocar algo mais do que beijos.Quero trocar pensamentos, quero trocar sonhos, quero trocar juras, quero trocar palavras que façam sentido, quero compartilhar mais do que suspiros, quero compartilhar a alma.Busco isso como quem busca alimento.Tenho sede de beleza interior.Sinto falta de alma.Sinto falta de amor.
Sonho com um oceano inteiro onde eu possa desaguar minhas convicções e ideais.Sonho em ser um oceano, sonho em ser o mundo inteiro de alguém, sonho em ser o porto seguro e a cura dos males.Soa ridículo, eu sei, mas todos os sonhos de amor são ridículos.Mais ridículo ainda é quem não sonha.
E aqui estou eu.Sozinha em uma mesa, tomando um café solitário e desejando imensamente contar meu sonho idiota da noite passada à alguém.Não há ninguém nas outras três cadeiras da mesa e, honestamente, não há ninguém na minha também.Eu não me sinto ‘’alguém’’ o suficiente, principalmente depois de perder as contas de quantos homens já conheci e beijei, depois de conversas alcoolizadas sobre trabalho, jantares cheios de tédio e piadinhas sem graça.Estive com muitos caras nessa vida, mas todos juntos não daríam um.Como os homens podem ser cheios de beleza por fora e vazios de beleza por dentro!
Parecem túmulos:Bonitos por fora, apodrecidos por dentro.
“Oh, Deus!Eu procuro rios onde só existe escassez.” Abro o jornal, pra disfarçar minha expressão de desgosto. “Senhor amável, onde está você?” O pensamento me escapa e, tolamente, olho ao redor.Que tolice!Por acaso pensei que enxergaría alguém com uma estrela brilhando no ombro direito e, BINGO!, é ele?As coisas não funcionam assim!Infelizmente.
“Se você não pode me encontrar, eu te encontro.’’ Rabisco em vermelho em cima de uma reportagem da manhã.Mais um cigarro se junta à outros três no cinzeiro.Todos meus!Algo que não faz bem, mas que insisto em fazer.Há tanto na vida que repete essa lógica!
Viro a página.Encontro a agenda semanal da cidade.Vejamos...Teatro na quinta-feira.Não.Os filmes em cartaz nos shoppings da cidade.Nem pensar.Um concerto de Elthon Jhon na sexta.Pode até ser.Um concerto de Tiggerfinger!
Começo a assobiar aquela música deles que tenho ouvido muito ultimamente.Circulo o anúncio do show e a data.Sábado.Dia em que os namorados saem para seus encontros e cinemas.E nós, os solteiros, vamos à pubs, baladas e shows, onde nos embebedamos, beijamos alguém totalmente estranho e desconhecido, dançamos, fingimos estar muito felizes com a companhia, arrumamos uma desculpa pra ir embora mais cedo, e antes que amanheça já estamos de volta, sozinhos, enrolados nos cobertores em casa, dormindo pesadamente, nos preparando para a ressaca moral e a solidão que acorda conosco pra peparar o café.
Como é aconchegante e feliz a vida independente – e amarga - dos solteiros.