Capitulo 21
Prelúdio
“É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar os momentos e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver."
Pedro Bial
Era o inicio do verão naquele dia. O sol quente indicava que as férias estavam a caminho. Ela desceu as escadas da escola indo em direção à saída. Os cabelos de um vermelho vivo, vestindo a saia de couro que ganhou da mãe e botas de salto plataforma e camiseta do Metallica, maquiagem carregada, e batom vermelho, piercing no nariz e na sobrancelha. Era a segunda vez que trocava a cor do cabelo naquele mês. Seu estilo chamava a atenção por onde passava. Às vezes de forma negativa, pois a cidade onde morava era muito conservadora. Seu melhor amigo a recepcionou com um sorriso tímido nos lábios. Ela o conhecia desde o jardim de infância. Naquela manhã, seu melhor amigo iria apresentá-la há alguém muito especial. Alguém que ela ansiava conhecer a muito tempo.
-Está pronta? - Ele lhe disse sorrindo meio sem graça.
-Pensei que esse dia nunca fosse chegar!
O seu melhor amigo nutria por ela um amor duradouro. Mas, cheia de si como sempre foi, ela fingia que não notava. Eles foram a pé até seu destino. A cidade por ser pequena tudo era muito perto. Eles estavam juntos. Uma idade onde tudo é permitido e fora dos limites. Onde a liberdade dá lugar para a libertinagem. Eles chegaram a seu destino cerca de 20 minutos depois. A anfitriã da casa lhes recepcionou com um sorriso caloroso. E os convidou para entrar. A pessoa aguardada finalmente apareceu. O estilo único e exclusivo, um jeito todo diferente de ser. Ele sorriu para a jovem de cabelos vermelhos, lhe estendeu a mão e se apresentou.
-Muito Prazer. Eu sou Bill.
-Amélia.
Ela olhou nos olhos dele e sorriu. Gustav apenas observava com um nó na garganta. Ele estava apresentando a garota que ele amava para amigo dele. A partir dali não teria mais jeito. Mesmo se tudo desse errado, o nome de Bill estaria sempre entre eles. Não importa o quanto ele se esforçasse para que fosse diferente disso.
Amélia assistiu ao ensaio da banda que eles tinham. A carreira estava deslanchando e em breve estariam em turnê pela Europa. Bill sorriu para Amélia enquanto ela observava o ensaio com os olhos brilhando. Ele se aproximou da jovem e pegou em sua mão, cantava versos sobre um amor que ela desconhecia. Depois do ensaio, ele a convidou para sair, o irmão gêmeo de Bill, Tom, foi acompanhado de uma moça que ele havia conhecido na semana anterior, o romance talvez durasse mais uns dois dias.
Bill fez questão de levar Amélia em casa. Ela não morava muito longe do barzinho em que estavam. Eles caminharam de mãos dadas pelas ruas, enquanto ela lhe falava um pouco sobre sua vida e do que gostava. Ele adorava aquele jeito revolucionário de ser e de não se importar com nada, nem com o que pensavam a seu respeito. Eles pararam em frente a casa dela. Bill abraçou pela cintura e olhou bem nos olhos dela. A respiração ofegante de ambos e o coração disparado. Ela tocou o rosto dele, inclinou a cabeça, era a permissão para o primeiro beijo. Ele entendeu o recado e a beijou, ali no meio da calçada, em frente à casa dela. Mas, o tempo iria passar afinal ele nunca para. Um dia, ele nunca mais iria poder ser livre daquele jeito, e ela não seria mais tão revolucionária. É assim a lei da vida.
Bill e Amélia iniciaram então um romance. Eles foram se conhecendo e se apaixonando, enquanto Gustav apenas aceitava aquilo que estava tão longe de seu alcance. A banda dos garotos, Tokio Hotel começou a ganhar fama mundial pouco a pouco. E logo o nome da banda estaria conhecido no mundo todo no topo das paradas de sucesso. Os meninos se mudaram para Hamburgo, Amélia foi junto com eles. Bill decidiu manter o romance longe da mídia para evitar que Amélia sofresse. Ele dizia que ela nunca seria famosa. Ela não podia tirar fotos, alterar o status de relacionamento nas redes sociais, jamais divulgar nada a respeito deles, ou dar entrevistas. Era o preço por se namorar um rock star.
Amélia sempre deu trabalho aos pais. Filha única de um engenheiro e de uma advogada, Amélia Zerchvich era neta de russos. Era mimada pelos pais e sempre teve tudo o que quis. Ela nunca sentiu o peso das suas atitudes e vivia uma vida sem regras. Seus pais não eram muito presentes, então ela aproveitava para aproveitar a liberdade que foi dada a ela. Fez a primeira tatuagem aos 13 anos, o primeiro piercing aos 12, a primeira bebedeira aos 11, a primeira vez com um cara que ela nem lembrava o nome foi aos 13 no banco de trás de um Ford Del Rey vermelho. Os pais tentaram de tudo: castigos, proibições, impunham limites. Mas, nada disso foi suficiente. Amélia, ou Amy como todos conheciam, não sabia o que LIMITE significava.
Bill foi sem dúvida o melhor namorado que já teve. Não que ele fosse um príncipe, ele também tinha defeitos, mas comparado a todos os outros ele foi o melhor. Ele pelo menos tinha uma profissão, não era nenhum procurado da policia, ou um drogado sem recurso. Amy também conhecia as drogas, foi por causa de Bill que ela parou de usar. Ele dizia que não queria ver ela se destruindo aos poucos.
Amy conheceu Gustav ainda criança, quando estudavam na mesma sala. Naquela época eles dividiam os mesmo gostos e os mesmos sonhos. Até Amy decidir que não queria mais ser só mais uma no mundo e decidiu tomar um rumo diferente de seu melhor amigo. Gustav aceitou o namoro de Amy e Bill. Por amá-la da forma como sempre amou, o que mais importava para ele era sua felicidade não importa com quem ela estivesse.
E o tempo passou. Amy foi se tornando outra mulher. Foi de roqueira louca e desvairada a mulher moderna do dia-a-dia. Os cabelos vermelhos berrantes (e outras cores extravagantes) ganharam um tom mais escuro, quase um vinho, que mais tarde se tornariam castanhos. As roupas antes pretas e cheias de detalhes e apologias à morte, como caveiras e crucifixos deram lugar a um estilo mais elegante e mais glamoroso, além de salto e cabelos escovados. Bill também mudou, ele começou a adotar um estilo completamente diferente e refinado. Mas, as mudanças que o ser humano adota não só no estilo, o tempo também se encarrega de alterar também as personalidades. O namoro deles tornou-se rotina, e nada mais virou novidade.
Após o lançamento do ultimo CD da banda, eles fizeram uma turnê mundial, no inicio ninguém sabia, mas aquela seria a última. Após o fim da turnê, os gêmeos decidiram se mudar do país, com o intuito de se promoverem na América. Amy só ficou sabendo com a nota no site da Bild.de anunciando a venda da mansão dos Kaulitz. Naquele dia decisivo para ambos, Amy entrou na casa de Bill fulminando de raiva.
-Bill!
-O que houve? - Ele perguntou ao ver a raiva da namorada.
-O que houve? É só isso que você me diz? Eu nunca fui de acreditar em fofocas, mas depois do que eu vi!
-O que você andou lendo Amy?
-Você vai embora do país?
-Está louca? Lógico que não!
-Eu vi no site da Bild! Quando você iria me contar?
-Não seja ridícula, site da Bild? Faça-me um favor!
-Eu averiguei! Eu fui atrás, eu vi os classificados na imobiliária. Não tem seu nome, mas eu vi. Eu olhei as fotos da casa com o corretor! Por que você está mentindo para mim?
-Eu ia te contar... - Bill disse olhando para o lado.
-“IA” me contar? Quando? Quando você estivesse em Los Angeles?
-Foi uma decisão de última hora...
-Para de mentir para mim, por favor... - Amy começou a chorar.
-Amy... É só por um tempo. Eu prometo. Além do mais eu vou vir com frequência. - Ele a segurou pelos ombros tentando consolá-la.
-Eu não aguento mais... - Ela começou a dizer. - Sempre foi difícil, mas está ficando cada vez pior. Eu aceitei tudo: ser a namorada invisível, você mentir o tempo todo dizendo que está solteiro, eu não poder tirar uma foto com você, nem nada do tipo. Te apresentar para minhas amigas, sair com você! Eu não posso nada disso.
-Eu quero preservar você!
-É tudo por um contrato! Está tudo lá naquele papel que vocês assinaram! É só isso.
-Não seja injusta. Eu amo você e só isso basta. Ou só meu amor por você não está sendo suficiente? - Ele tocou o rosto dela com as duas mãos. - É só por um tempo. Em breve eu prometo que volto.
-E se você não voltar?
-Eu levo você junto...
-É uma promessa?
-É sim. Minha obrigação com você...
Ele a beijou. Era um símbolo para se selar a paz momentânea. Alguns dias depois ele se mudou para Los Angeles, enquanto ela se manteve em Hamburgo, eles se falavam todos os dias por telefone, e-mails e mensagens. Gustav tornou-se mais uma vez seu ombro amigo. Era para ele que ela corria todas às vezes em que sentia mal e que precisava de um consolo. Já fazia quase um ano desde que eles decidiram se mudar. Gustav e Georg ficaram no país. Eles preferiam que a badalação ficasse por conta dos gêmeos. Gostavam de ser o segundo plano, preservava mais suas vidas e as pessoas ao seu redor.
Era o inicio de mais um inverno que estava mais frio que nunca. Gustav estava vendo um filme debaixo das cobertas, era um filme de chineses que iam em busca de vingança ou algo assim. Ele não estava interessado. Quase dormindo ele foi despertado pelo celular, era Amy. Ele atendeu meio sonolento.
-Oi Amy...?
-Gust... Eu preciso falar com você... - Amélia disse chorando.
-Amy? Amy? O que aconteceu? Onde você está?
-E-estou na porta da sua casa...
-Eu vou abri para você, espere aí!
Gustav saiu correndo ao encontro de Amélia. Ela o aguardava no portão com os olhos vermelhos. Ele abriu o portão e ela o abraçou.
-O que houve? - Ele disse tentando consolar a jovem.
-Eu cometi um erro Gustav. Eu cometi um erro...
-O que você fez...? - Ele tentava acalmá-la. - Vem. Vamos entrar.
Ele a levou para dentro da casa e lhe deu um pouco de água. Ele não se lembrava de ter visto ela daquele jeito tão desesperada há muito tempo.
-Agora você está mais calma? - Ele perguntou, segurando suas mãos.
-Eu só tenho você... Eu preciso muito da sua ajuda.
-O que aconteceu?
-E-Eu trai o Bill...
Gustav ficou sem reação ao ouvir a frase chorosa de Amélia.
-C-Como assim? Com quem?
-Eu trai ele Gustav!
Gustav deu um suspiro profundo e ajeitou os óculos, ele pensava na melhor maneira de omitir aquele fato sem que o amigo soubesse. Era tudo o que podia fazer.
-Alguém fotografou vocês? Te viu com este cara?
-Acho que não... – Ela dizia com a cabeça baixa.
-Bem, então eu vou ser seu álibi. Qualquer coisa que quiser dizer a ele, eu confirmo.
Amélia chorou ainda mais depois do que Gustav disse. Ele a amava e não tinha mais nada que poderia fazer a não ser acobertar mais um de seus deslizes.
-Não posso... – Ela começou a dizer.
-Como assim?
-Eu não posso mentir para ele. Não tem como.
-Seja mais clara Amy, eu não consigo te ajudar sem entender a situação.
-Gustav eu estou grávida.
Gustav esfriou. Sentiu o estômago revirar e começou a suar frio. Ele não sabia o que fazer. A frase surgiu como tapa em seu rosto. Amélia estava grávida de um filho que nunca seria dele.
-Que... Bom... Acho que o Bill ficará feliz... e...
-O filho não é dele.
Gustav encostou na cadeira em que estava e deu um longo suspiro. A situação estava pior do ele pensava.
-Como assim... Não é dele?
-Gustav, eu disse para você que tinha cometido um erro. Se fosse só a traição eu daria um jeito. Mas, a minha situação é muito complicada.
-Você vem até aqui me diz que traiu o Bill e ainda me diz que está grávida? E que não é dele?
-Eu sinto muito... – Amélia escondia o rosto nas mãos.
-Amélia! Você não é mais uma adolescente como isso foi acontecer?
-Eu não sei! Acho que excedi um pouco na bebida, eu não me lembro direito!
-Pelo menos podemos tentar dizer a ele que o filho é dele não? – Gustav havia se levantado e andava de um lado para o outro. Enquanto Amélia só chorava, balançando a cabeça negativamente.
-Não tem como esse filho ser dele. Se fosse dele, eu estaria grávida de seis meses, não de dois e meio.
-Seis meses? Tem seis meses que você e ele... Não... Nossa! – Gustav que sempre foi calmo estava nervoso. Sentia-se num beco sem saída. Ele queria ajudá-la, mas não sabia como. – E quem é o pai?
-Eu não sei....
-Amélia com quantos homens você transou além do Bill? – Ela se constrangeu com a pergunta e desviou o olhar. – Com quantos Amélia?
-Dois.
-Quem?
-Um cara que eu conheci na boate. Mas, esse eu tenho quase certeza que não. Porque ele usou preservativo.
-Você não toma remédio?? – Ele perguntava cada vez mais vermelho e nervoso.
-Eu parei de tomar quando o Bill foi para Los Angeles.
-Meu Deus você não tem juízo... E quem é o outro?
Ela empalideceu e desviou o olhar. Os olhos começaram a marejar mais uma vez e o choro não pode ser contido.
-Quem é o outro Amélia Zerchvich??
Amélia mexeu os lábios sem dizer o nome dele. Tinha medo de que alguém mais pudesse ouvir, que as paredes tivessem ouvidos de dizer o nome da sua maior vergonha. Gustav perdeu as forças e sentou-se no sofá da sala, pálido, encarando os lábios de Amélia pronunciarem o nome mais uma vez e logo em seguida um “sinto muito”. Ele sabia o peso que aquele nome tinha e o que significava aquela traição. Um escândalo, um golpe, um mal sem cura. Gustav levou as mãos à cabeça e ficou em silencio por um longo tempo. Ela chorava cada vez mais, desta vez em tom de desespero. Depois de um tempo em silencio ele olhou bem nos olhos dela.
-O que você vai fazer?
-Eu pensei que pudesse me ajudar. Eu pensei em abortar... e ...
-Nunca. – Gustav não deixou que ela terminasse. – A criança não tem culpa.
-Mas, Gustav eu...
-Amélia, esta criança não tem culpa. Você errou, ela será a consequência. Não podemos simplesmente nos livrar dela. Isto é um assassinato!
-Estou desesperada... Não posso dizer ao Bill quem é o pai...
-Então você tem certeza? – Ela afirmou com a cabeça. -Quando eu me acalmar quero que me conte como aconteceu. Por hora, vamos buscar uma saída para seus problemas.
Ele caminhou por muito tempo pela sala. Andando de um lado para o outro em silencio. Ele as vezes a observava, frágil, desesperada, em busca de uma saída. Pensou em todas as pessoas envolvidas. Em si mesmo, em Bill, no amante, no bebê que nunca teve culpa. Ele pensou em como dizer a verdade seria dolorido e sofrido para todos eles. Em como pessoas inocente iriam pagar por tudo isso. Ele suspirou mais uma vez. Talvez fosse a maior besteira que fosse fazer em toda a sua vida. Ele segurou as mãos dela e disse devagar.
-Vai dizer a ele que é meu.
-Como assim? – Amélia levou um susto com a afirmação.
-Vai dizer que temos um caso e que você se apaixonou e que quer ficar comigo. De todo jeito ele não te aceitará mais de volta. Tenha consciência disso. E isto pode custar a nossa banda e nossa amizade.
-Eu não vou admitir que faça isso!
-Você não tem outra escolha! Vai dizer a ele que se apaixonou por outro e que quer ficar com ele. Eu vou assumir seu filho como se fosse meu. Se não quiser criá-lo dê para sua mãe criar. Ela ainda mora em Magdeburg mesmo! Eu juro que nunca faltará nada para ele e nem para você.
-Não precisa fazer isso. Podemos dizer a verdade. Eu assumo tudo desta vez. Mas, por favor, não quero que se prejudique.
-Amélia, não tem jeito. Entre mim e o verdadeiro pai. Que seja eu! Você quer uma verdadeira tragédia? Já pensou em quanta gente iria sofrer?
-Eu digo que foi um cara qualquer e pronto!
-É isso que vai dizer a seu filho? Que foi um cara qualquer? Pelo menos uma vez na vida pense em outra pessoa além de você.
-Por favor Gustav, não precisa fazer isso! Por quê? Por quê está fazendo isso? – Ela chorava agarrada às mãos dele. -Não seja bobo. Apenas me deixe quebrar a cara, é só o que eu mereço. Não precisa se sacrificar.
-Isto não é só por você. É pelo Bill e por tantas pessoas que amo.
-Você me ama Gustav?
-Você sabe que sim... - Ele a encarou. Ela sabia. Sempre soube, mas egoísta como era, ela fingia que nem percebia.
-Agora, você vai me contar como tudo aconteceu. Depois vamos preparar nosso álibi. Não podemos nos contradizer.
-Ele vai odiar você...
-É o preço a se pagar.
-Não é seu preço. É só meu.
-Agora é tarde.
Ela deslizou do sofá e sentou-se no chão. Ele a ergueu do chão. Ela o abraçou e ficaram assim por tempo o bastante para que ela sentisse protegida nos braços do melhor amigo. Amy não queria nunca que aquele momento se acabasse. A partir dali ela só teria uma pessoa na vida. Gustav. Seus pais iriam condená-la, todos iriam crucificá-la, talvez seu próprio filho a odiasse um dia. Ela passou tanto tempo buscando um amor diferente e desconhecido e a maior prova de amor foi dada pela pessoa mais inesperada.
Quando a “verdade” veio a tona, a banda chegou ao fim, os amigos não eram mais amigos. O namoro chegou ao fim, todos a odiavam. Amélia teve um menino, Logan. Que ela entregou para que a mãe o criasse em Magdeburg. Ela não queria que o filho sentisse vergonha dela. Para Logan, Gustav e Amélia eram seus pais. Eles o visitavam juntos a cada quinze dias.
A criança acabou criando entre eles um elo quase inquebrável. Gustav ainda jogava algumas coisas na cara dela. Mas, Amélia era uma boa mãe, mesmo distante. Ela amadureceu com a maternidade, como a maioria das mães. Para Gustav ela ainda agia como uma criança birrenta e mimada, mas era o jeito dela de chamar a atenção dele. De fazê-lo ficar por perto. Como se ele conseguisse ficar longe dela...
O ser humano sempre acredita que as escolhas são justificativas para os erros e os erros são feitos por más escolhas. Mas, nós estamos sempre induzidos por aparências e por preconceitos, sem nunca aceitar que não tem como amar nada neste mundo sem que antes possamos conhecê-las.