Então meninas, a história é a seguinte... Estou liberada para postar o resto da história aqui, já que não devo usar a mesma história para o livro. ( Eu apresentei dois finais a eles e isso mudou a história completamente) É complicado, mas o livro será diferente então... Voltei. Kate Is Back Capitulo 12
Volto para editora e me encolho na cadeira, como fazia quando estava no colegial, não quero ver ou falar com ninguém. Quero ficar ali quieta e pensar no que ouvi em meu almoço. Bill acha que Tom está se apaixonando por mim, e o pior, ele parece contente.
Ele falava tão bem de Sara e quando o fazia seus olhos brilhavam. E enquanto ouvia meu coração diminuía dentro do peito.
Volto pra casa com uma vontade enorme de me atirar na cama e chorar eternamente. Recebo um sms do Tom.
“ Quer sair pra jantar?”
E ligo pra ele.
- Alô?
Merda. O que está acontecendo comigo? Meu coração dispara no peito só de ouvir a voz dele, Sacudo a cabeça, qual é o problema? Tom é só um amigo... Um amigo com quem trabalho só isso. Tento convencer a mim mesma.
- Oi. – Diz ele tentando encontrar respostas do outro lado da linha.
- Oi Tom. – Depois de pensar eu finalmente consigo me lembrar o motivo da ligação. – Então, podemos deixar o jantar para amanha?
- Está ocupada?
Olho em minha volta, potes de sorvete, barras de chocolate, uma pizza já fria em cima da mesa de centro da sala. E Heath Ledger na tv.
- É estou muito ocupada. – Minto e acredito que ele tenha percebido.
- Tudo bem, a gente se vê amanha então.
A linha fica muda, Tom está bravo e com razão, eu menti e ele sabe disso. Provavelmente deve estar achando que eu não quero vê-lo, ou que estou cansada dele. Homens pensam nisso? Prefiro pensar que sim, mas que não admitem para não parecerem fracos.
Na manha seguinte lá está Adam adentrando minha sala saltitando feito um dançarino da Gaga E Lili está ao seu lado toda sorridente.
- O que vocês andaram fumando?
- Maconha do amor.
- Isso existe?
- Existe se você não for virgem.
Mostro a língua a ele.
- Dylan me pediu em... – Adam bate suas mãos em minha mesa fazendo um som parecido com aquelas largadas de corridas de cavalos. – Casamento.
Ele grita dando ênfase a última palavra. Lili está pulando ao seu lado e os dois estão batendo as mãos como duas focas loucas de parques aquáticos.
- Isso é serio? – Levanto-me da cadeira e chego perto deles empurrado Lili pra longe.
- É. – Diz ele com lágrimas nos olhos. – Acredita nisso? Eu vou casar.
- Não da pra acreditar mesmo, você nem sabe arrumar a sua cama.
- E daí? Dylan arruma. – Adam balança os ombros antes de ir até a porta e gritar para que alguém traga champanhe e três taças. – Ele foi incrível, foi o pedido perfeito e eu achando que ele estava querendo me deixar. – Continua ele revirando os olhos bobamente. – Sou tão bobo, ele só estava pensando em um jeito de me pedir.
- Estou feliz por você. – Afirmo, apesar de pensar que esse é um passo assustadoramente adulto.
- Mesmo? _ Ele segura minha mão emocionado, até olhar para o meu cabelo e tocá-lo com certo nojo. – Você está estranha, o que ouve com seu cabelo, porque ele está ondulado?
- É claro que estou feliz e vou ficar feliz por ele também quando eu conhecê-lo. – Dou um tapa em sua mão. – Meu cabelo é ondulado Adam, você sabe e, além disso, eu não tive tempo nem vontade de arrumar.
- Vamos jantar amanha, e você vai nem adianta reclamar. – Adam ressalta indo até a porta pegar o champanhe.
- Eu não posso, Tom vai ao programa da Elizabeth e... – Começo a falar, mas sou interrompida pelo som da rolha indo parar no teto da minha sala e depois quase acertar a minha maquina de café.
- Eu sei, vamos estar na platéia. – Adam nem repara e continua a falar enquanto serve nossas taças. – Tom foi tão legal em nos convidar, parece que a produção liberou a entrada de alguns amigos ou familiares e ele nos chamou.
Fico surpresa. Porque Tom faria isso? Será que está tentando conquistar meus amigos também oi foi pura gentileza?
- Legal da parte dele.
- É porque se dependesse de você nunca iríamos lá. – Adam faz bico e me manda o dedo do meio antes de me passar a taça com champanhe borbulhante.
- Há para. – Olho para o vidro em minhas mãos e simplesmente me pergunto... Há que estamos comemorando mesmo? Ah é claro... A porra do casamento do Adam. Porque raios ele precisa se algemar a alguém para a vida inteira? Isso é sinônimo de felicidade? Não, não é... Vou perder meu melhor amigo para um cara que eu nem conheço, mas desde já odeio.
- Você está triste, não gosto disso. – Que bom que ele sabe, penso para mim mesma. – Já sei, ontem você almoçou com Bill e ele passou o almoço inteiro falando sobre a Sara perfeitinha. Me diz uma coisa... É bom?
- O que?
- Se auto flagelar? – Pergunta ele fazendo o som do chicotinho.
- Você quer me deixar pior? – Digo, mas ninguém parece dar à mínima.
Lili lança em minha direção um olhar de reprovação, esses são meus amigos...
- Quero que acorde. – Ele me sacode e instantaneamente viro metade do liquido nos meus sapatos. – Já sei, vou colocar um ecstasy no seu drink amanha. Você vai pra cama com Tom, fica grávida e pronto está tudo resolvido.
- Adam você não tem mais o que fazer? – Digo indo até a minha mesa pegar algum papel que possa secar meus sapatos novinhos.
- Ai ta eu já vou... Mas antes vamos brindar. – Ele pisca levantando sua taça para o alto e Lili faz o mesmo.
Caminho até eles e pego o que restou em minha taça e bato na deles, pronto, nossas taças tilintam no ar e eles estão cheios de entusiasmo. Adam ri como criança e Lili se mantêm em silêncio soltando alguns risinhos de vez em quando.
- Porque está tão calada hoje? – Pergunto a ela, e a mesma desvia o rosto vermelho para Adam.
- Ele está com câimbra nos lábios, e você deve imaginar por que. – Adam gargalha e empurra Lili que ri mais ainda.
De repente a imagem de Lili com Georg vem em minha mente e sinto um enjôo surgir em meu estomago. Não acredito que tive que ouvir isso. Devolvo minha taça para Adam e os enxoto para fora de minha sala.
- É por isso que aquela revista não funciona. – Digo a ele. – Devia estar trabalhando na edição da Playboy.
- Playboy? Fala sério... Sou mais a Out.
Ele saiu rindo e batendo a porta levando Lili com ele, como se fossem um só. Na verdade pensando agora, imagino que Lili esteja um pouco dopada, o que explica seu relacionamento com Georg.
Volto para minha mesa e para os email’s que preciso responder, meu telefone toca e simplesmente atendo-o completamente avoada.
- Vamos almoçar, e eu não aceito não. – É Tom.
- Aceito. – Digo sem nem mesmo pensar.
Tudo bem, eu não estou apaixonada pelo cara nem nada do tipo, mas estranhamente toda vez que ouço sua voz sinto um friozinho na barriga. Talvez seja aquela palavra com T reprimido, como Adam sempre faz questão de ressaltar.
Encontramos-nos no Pommer Frites em East Village, mal consegui acreditar quando vi a mensagem de Tom indicando o lugar e paguei uma fortuna de táxi até lá, então obviamente ele teria de me pagar o almoço.
- Ai está você. – Diz ele levantando-se de um dos banquinhos postos a frente do restaurante - Porque sumiu?
- Eu não sumi. – Digo parada enfrente a ele. – E porque escolheu este lugar? Eu preciso voltar em meia hora, já que gastei metade do meu horário de almoço dentro de um táxi.
- Você reclama de mais. - Responde ele com o rosto vermelho de frio. – Vem vamos entrar, está congelando aqui fora.
O restaurante é pequeno e estranho, na verdade assim que coloco meu pé dentro do mesmo sinto que estou em um bar daqueles filmes da Disney... Talvez a Bela e a Fera, só espero que ninguém comece a cantar, ou a coisa vai ficar realmente feia para o lado do Tom.
O garçom aparece nos mostrando o menu, e fica parado ao lado de Tom esperando, como se tivesse muitas opções lá vai eu pedir um bife grelhado de frango acompanhado de batatas sob protesto de Tom que me olha com cara feia.
- Quero fritas com maionese wasabi e um pouco de molho pesto, Obrigado. – Diz ele todo confiante com seu pedido gorduroso.
- Você vai morrer tão jovem, sabe, seu coração vai explodir. – Pego uma azeitoninha da mesa e rio dele.
- Pode ser, mas não vou ser culpado pela extinção das galinhas. – Ele gargalha.
- E então? – Digo já que não tenho nada melhor pra falar.
- E então...?
- Qual o motivo do convite?
- Bom... Eu não sei, achei que não precisasse de um motivo para te convidar depois termos passado praticamente uma noite juntos. – Ele parece confuso.- Eu precisava?
- Não, claro que não, me desculpe. – Olho para o lado e vejo duas adolescentes olhando e cochichando uma para outra enquanto olham para Tom rindo. – Então, como está o Georg?
- O Georg? – Ele levanta os olhos e me encara, mas logo segue o olhar até as meninas que imediatamente param de rir. – Quer mesmo saber sobre o Georg?
- O que tem aquele idiota? – Pergunto voltando minha atenção a ele. – Porque está falando dele?
- Porque você perguntou? – Tom explode em gargalhadas e chama atenção de todos batendo sua mão na mesa. – Você está com ciúmes?
Eu o olho querendo fazer o mesmo, mas me contenho, por favor, ciúmes? Eu nem mesmo sei o que essa palavra significa, quer dizer... Não até uma vaca estar usando o sapato que eu quero. Ou um agente babaca conseguir um manuscrito genial que deveria ser meu.
- Bobagem! – Digo, enquanto vejo o garçom vindo com nossos pedidos.
- Está certo. – Tom parece estar se divertindo as minhas custas. – Vai conseguir mesmo comer tudo isso? – Ele olha para o meu prato que está lotado e franze a testa.
- É eu vou, pode parecer estranho pra você, mas eu sou o tipo de garota que gosta de comer. – Coloco uma batatinha na boca e volto a falar. – Eu sei... Não sou o que você imaginava não é... É obvio que eu não faço seu tipo.
- E que tipo seria o meu? – Pergunta ele com a boca cheia.
- Me deixa ver... Garotas magricelas, e que comam saladinhas no almoço... Ou quem sabe nada, talvez aquelas super modelos do mundo da moda. – Digo e meu estomago de repente começa a revirar.
- Não, não mais.
- Então o que?
- Você pode se surpreender. – Responde tomando um gole de sua coca. – Eu gosto de meninas que comam, eu gosto de poder ir a um lugar para jantar onde a pessoa não fique apenas me olhando comer, porque está preocupada demais com o próprio peso. Gosto de sair com quem eu possa rir e que ironicamente goste das minhas piadas.
- Você nunca saiu com alguém assim antes... Quer dizer, quem vai rir de suas piadinhas sem graça. – Digo, surpresa com minhas próprias palavras que mais parecem dor de cotovelo.
- Tem razão, eu nunca saí com ninguém assim, até agora.
É impressão minha ou ele está um pouco mais perto do que antes? E porque meu estomago não para de dar voltas e meu coração está tão acelerado que me sinto como uma gorda de 200 quilos fazendo jump?
De repente e imperceptivelmente Tom se aproxima e segura minha mão entrelaçando nossos dedos. Estamos tão próximos que posso sentir o seu cheiro. Cheira a baunilha e eu não faço idéia do motivo, mas aposto que andou comendo algum doce antes de vir parar aqui.
- Você é louca. – Diz ele próximo aos meus lábios antes de encostar sua boca na minha. – Mas eu gosto que você faça o meu tipo.
E ele me beija e meu coração explode dentro do peito, minha gorda interior consegue arrebentar os elásticos do jump e cair de cara no chão... Sou forçada a admitir que sim algo estava mudando em mim.
Tom volta ao seu lugar com um sorriso nos lábios, completamente convencido por ter me beijado em público, algo que está em minhas regras ao lado da palavra “proibido”.
Fico só olhando para ele, lindo, com seu trench coat cinza, e tenho vontade de abraçá-lo. Nunca me senti assim antes, meu estomago está se revirando como um peixinho fora d’água.
E não faço idéia porque diabos isso está acontecendo.
Definitivamente eu não estou e não posso estar apaixonada por ele.
Ou posso?
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