Olha eu fui praticamente obrigada a postar esse cap kkkkkkk Mas aqui está \0
Boa leitura!21º Capitulo: Nós Somos de Verdade
Minha vida havia mudado tanto em tão pouco tempo, ate ontem eu era apenas uma simples garota, mas não tão simples assim, estilista que havia conquistado o mundo da moda com apenas seus 22 anos, e agora tudo o que tinha conquistado estava deixando grande parte para trás em nome de um amor, em nome de um homem, em nome de Tom Kauliz. Ainda soava muito estranho tudo isso, a forma como havíamos nos apaixonado, mas foi tudo tão louco e repentino que não tivemos tempo de pensar se havia sido rápido ou não, se daria certo ou não, apenas nos deixamos levar pelo momento e, no entanto quando nos demos conta já estávamos perdidamente apaixonados um pelo outro. Se eu me arrependo? Não, e sabe por quê? Se não tivesse arriscado não estaria com ele hoje, e resistir ao que era certo foi tão bom que me arrepender seria a ultima coisa que sentiria.
Estava tão ansiosa, não fazia idéia de como Tom me receberia, afinal aqui estou eu sentada em uma poltrona de aeroporto esperando meu vôo, minha mãe esta aqui do meu lado sorrindo me passando todas as suas energias pra mim, numa tentativa de me dizer que devo ficar calma e que tudo dará certo, e Juliette também estava comigo como havia me prometido e fiquei feliz por tê-las aqui. Olhava as horas de minuto em minuto, será que demoraria muito meu Deus? Só quero chegar a LA logo e abraçá-lo e dizer o quanto o amo, mas foi nessa de me perder em meus pensamentos que ouvi alguém gritar meu nome, e quando me virei avistei Peter correndo em minha direção, parecia desesperado levantei-me de um salto.
Sim uma semana havia se passado e Peter não aceitou muito bem a minha decisão, exatamente como eu esperava, mas nada do que ele tentou argumentar apelando para o lado profissional me faria mudar de opinião, mas agora com ele vindo ate o aeroporto confesso que tive certo medo, afinal o que o traria aqui?
– Mas que diabos esse idiota veio fazer aqui? – Disse Juliette de cara feia.
– Não faço idéia. – Falei apenas.
– Seja o que for escute-o antes de qualquer coisa filha. – Minha mãe me disse tocando meu ombro assenti e esperei que Peter se aproximasse de nós.
– Oi... Hay... Hayley! – Peter chegou ate onde estávamos e sua respiração era ofegante por ter corrido rápido para me alcançar.
– Oi. – Respondi confusa ainda não fazia idéia do por que tinha vindo. – Aconteceu alguma coisa?
– Eu só queria dizer que... – Parou um instante como se estivesse escolhendo as palavras certas. – Só queria dizer... Boa sorte!
– Ahnn... Obrigada Peter. – falei confusa. Seria mesmo só pra me desejar boa sorte? – Era somente isso?
– Juliette pode vir comigo até a lanchonete. – Minha mãe falou olhando para mim e depois para Juliette.
– Pode ser. – Disse seca olhando com indiferença para Peter, assim que nos deixaram a sós ele me encarou com um sorriso de canto.
– Ela me odeia né? – Disse olhando na direção de Juliette e depois para mim novamente.
– Sim. – Disse sinceramente.
– Eu já sabia. – Falou-me baixando a cabeça em seguida.
– Peter será que poderia me dizer agora o real motivo de ter vindo ate aqui? – Já estava impaciente, afinal sabia que tinha alguma coisa alem de sua “Boa sorte”. Ele ainda demorou um pouco ate que finalmente me olhou nos olhos.
– Hayley... Hayley não vá embora. – Encarei-o.
– Como é? – Disse com as sobrancelhas franzidas em sinal de confusão, mas que absurdo é esse que ele esta me dizendo?
– Hayley eu te amo, esquece o Tom e fica aqui comigo sua vida já esta feita aqui já tem tudo o que precisa, tem a sua própria casa, seu carro, sua carreira brilhante e... – Falou se aproximando mais alguns passos ate mim. – A mim também.
Eu não tive reação, pisquei freneticamente tentando organizar as informações em minha cabeça, mas estava difícil sinceramente.
– Eu... Peter... – Minha cara devia estar muito engraçada nesse momento, já que uma mistura de surpresa junto com pequenas risadas abafadas. – Isso esta fora de cogitação... é... é absurdo o que esta me dizendo.
– Só me dê a chance de provar que pode ser diferente.
– Diferente? Você fala como se já tivéssemos tido algo e que pudéssemos ter uma segunda chance. – Falei seria, ou ele entendia do jeito bom ou entenderia do jeito ruim. – Coloca uma coisa na sua cabeça... Você me desculpa a forma como vão sair essas palavras, mas é único jeito de te fazer entender... Eu não te amo Peter, não sinto nada por você, você é ou era um amigo, apenas isso, me esquece e segue com sua vida, nunca vamos ficar juntos, por favor, entenda isso, a ultima coisa que eu queria era te magoar e iludir, mas você se iludiu sabe que nunca te dei esperanças, mas você as alimentou e não posso fazer nada pra diminuir essa dor que esta em seu peito.
Eu joguei as palavras nele que cheguei a sentir pena por um momento, mas que logo passou, Peter tinha que entender de uma vez por todas que não o amava que o que sentia por ele era apenas um carinho que sentia por qualquer outro amigo que tinha. Ele por sua vez fitou-me de maneira triste, mas que depois se transformou em um sorriso tímido.
– Por um momento pensei que conseguiria te fazer esquecê-lo, mas não posso te tirar dele. – Aproximou de mim e pegou minhas mãos envolvendo-as nas suas. – A maneira como seus olhos brilham ao falar dele, a maneira doce como olha para ele, eu queria tudo isso pra mim, mas não posso, não tenho esse direito.
– Peter... – Ele me interrompeu.
– Eu só quero que saiba que vou me esforçar pra te esquecer, arrancar esse amor que esta aqui em meu peito, e dizer que desejo de coração que seja feliz ao lado de Tom, se ao lado dele que é o seu destino, que pelo menos seja feliz, que ele a faça feliz. – Nos olhávamos e não consegui dizer nada, murmurei apenas um obrigado e logo em seguida o abracei, de forma a mostrar a Peter que independente de tudo ainda tinha um grande apreço por sua amizade.
– Vamos filha já anunciaram nosso vôo. – Minha mãe disse quando desfiz o meu abraço com Peter.
– Vamos. – Respondi e encarei Peter mais uma vez sorrindo ternamente. – Se cuida!
– Pode deixar. – Sorriu sem graça e sem dizer mais nada deu as costas e foi embora sem nem olhar pra trás.
Nem Juliette e nem minha mãe disseram uma só palavra sobre a conversa que tive com Peter, o que agradeci por não querer falar sobre isso tão cedo. Despedimos-nos de Juliette que chorava feito criança o que me fazia rir.
– Oh minha amiga não chora, logo nos veremos ou acha que Bill vai te deixar sozinha aqui por muito tempo. – Rimos e nos abraçamos mais uma vez.
– Vão ser os piores dias aqui sem você. – Olhava-me com seus olhos vermelhos por conta do choro.
– Vai passar rápido você vai ver.
O vôo foi entediante, mas com a minha Annelise não havia maneira de nenhuma viagem tornar-se chata, já que não parou de falar um segundo sequer. Quando chegamos a LA, não quis ir para casa, peguei o primeiro taxi e segui para o estúdio já que havia ligado para Bill e este me disse que estariam lá, pois Tom teria algumas sessões de guitarra para as gravações do novo cd. Não demorei muito a chegar, Bendito seja o sábado sem transito em LA!
– Hayley! - Bill veio em minha direção assim que adentrei a recepção do estúdio.
– Oi Bill que saudades! – Abracei-o forte.
– Eu também. – Sorriu para mim. – Como foi à viagem?
– Lenta. – Falei fazendo Bill rir. – Onde ele esta?
– Lá dentro. – Disse pegando em minha mão. – Vamos vou te levar ate lá.
Cheguei à sala de gravações, tinham mais umas três pessoas incluindo David, nos cumprimentamos e Bill apontou aonde Tom estava, meu Deus como estava lindo mesmo com sua barba por fazer e expressão cansada, a saudade que senti dele tomava conta de mim e minha vontade era de ir ate ele e abraçá-lo eternamente. Ele tocava concentrado estava de olhos fechados e só os abriu quando terminou de tocar, buscou por toda a sala com os olhos ate pousar em Bill e depois em mim, sua expressão estava entre surpresa, confusão e diria ate mesmo medo.
Levantou-se e parou na porta apenas me encarando sem dizer nada, não agüentei e caminhei em sua direção e parei em sua frente enquanto ele continuava a me olhar, passei minhas mãos em seu rosto e Tom chorou, limpava em vão suas lagrimas ate que o abracei forte, envolveu minha cintura trazendo-me para ele para que nenhum espaço ficasse entre nós como era inexplicável a alegria que sentia.
– Eu não estou acreditando que você esta aqui mesmo. – Tom me disse fazendo-me rir.
– Pois é... – Falei dando de ombros. - Vim buscar meu coração e trazer o seu já esta mais do que na hora dos dois voltarem para seus donos.
– Só pra buscar o seu coração e trazer o meu que você veio? – Fez cara de indignado.
– Não só isso, mas pra dizer ao dono dele que eu desisti de tudo em Paris. – Me encarou confuso.
– Não entendi. – Falou.
– O que eu quero dizer é que eu desfiz a sociedade com o Peter no ateliê, desisti de toda a minha carreira na Europa para vir morar aqui em LA com você.
Tom franziu o cenho destacando toda a confusão que estava em seu semblante, nenhuma palavra saiu de sua boca por longos minutos o que estava me deixando impaciente.
– Você é louca? – Foi o que ele disse em seguida deixando totalmente espantada com tais palavras, mas antes que pensasse em algo ele me beijou, foi ai que o mundo parou e só o que me importava era Tom, eu e aquele beijo que tanto senti falta, do toque de seu piercing gelado me causando arrepios.
– Ran ran – Ouvimos um pigarro e paramos o beijo era Bill, tínhamos nos esquecido que estávamos em uma sala com mais pessoas e não sozinhos.
Esperei ate que Bill e Tom terminassem o que tinham que terminar no estúdio, fomos ate um restaurante de frente para a praia e depois seguimos ao condomínio.
Paramos em frente à casa dos gêmeos e Bill saiu logo, pois iria ligar para Juliette e avisar que já tinha chegado, eu e Tom também saímos do carro, ele me segurou pela cintura e não parava de me encarar.
– O que foi? – Perguntei-lhe.
– Você é real? – Ri da pergunta que ele havia me feito.
– Nós somos de verdade. – Respondi enquanto Tom passava a ponta do nariz em minhas bochechas contornando perfeitamente meus lábios. – Para de me provocar. - Minha voz saiu em um sussurro baixo.
– Eu não estou te provocando. – A voz dele também era baixa fazendo sua respiração bater de encontro com meu rosto.
– Mas esta conseguindo. – Disse encarando-o fazendo um riso abafado sair de seus lábios.
Ficamos mais um tempo ali ate que entrei em casa e Tom foi para sua, claro que contra a sua vontade. Entrei em meu quarto e fui direto para o banho, a água morna caia em minhas costas relaxando todos os meus músculos, estava tão concentrada e de certa forma distraída que nem dei importância a um barulho que escutei vindo de dentro do quarto, poderia ser minha mãe então não havia com que me preocupar.
Enquanto lavava meus cabelos e de olhos fechados por conta da espuma, senti dois braços me rodeando e fazendo me soltar um grito que foi abafado por uma mão. Foi difícil, mas consegui me virar e não estava acreditando no que via em quem eu via.
– TOM! – Minha voz saiu elevada com o susto.
– Oi! – Lançou-me um sorriso aberto com um toque malicioso, foi quando reparei que estava nu.
– Você enlouqueceu? O que faz aqui? – Disse incrédula.
Ele nada disse apenas aproximou-se de mim tomando meus lábios contra o seus.