Olá pessoal e aí?
Como já mencionei lá no Nyah! Pela primeira vez escrevo uma one-shot, a idéia para esta, veio de um sonho que tive a um tempo atrás, depois que reli a fic da Mich "Nós Dois",que por sinal, recomendo...
Não sei se está boa, pois sendo a primeira não tenho muita experiência, agradeço a Mich por ter corrigido a one e me dado várias dicas super legais, e também por ter me aguentado lhe azucrinando rsrsrs
Bem, espero que gostem!
Boa Leitura!
AH! Tokio Hotel não me pertence, os fatos abaixo são fictícios, criados por uma fã sem fins lucrativos!
Agora sim! Boa Leitura!
P.s: coloquei o título com meu nome porque não aceitou... Muito curto
Derramei uma lágrima, porque eu sinto sua falta
Eu continuo bem para sorrir
Garota, eu penso em você todo dia agora
Houve um tempo em que eu não tinha certeza
Mas você acalmou minha mente
Não há dúvida, você está no meu coração agora
Patience-Guns n Roses
Classificação: +18
Personagens: Tom Kaulitz, Bill Kaulitz
Gêneros: Hentai, Romance, Estupro.
Avisos: Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Olhei ao redor, já era noite, suspirei pesadamente lembrando-me do porque estar ali, meus sapatos estava me matando, resultado de uma boa caminhada. Meus olhos não encontraram quem eu procurava, e que esteve procurando boa parte da noite, só viram "ele" que esteve comigo a noite toda e que agora me levava para casa.
Estávamos chegando ao meu apartamento em silêncio, só se ouvia o barulho dos meus saltos e das botas dele no asfalto, olhei novamente para ele que sorriu gentilmente para mim, me fazendo retribuí-lo sem pensar, ele costumava provocar isso em mim.
Eu morava em um condomínio fechado em Los Angeles, não muito longe do centro, mas não era um lugar agitado como resto da cidade, subimos com o elevador e entramos no corredor do andar onde eu morava, paramos a porta para localizar a chave em minha bolsa.
–Está aberta!- disse ele abrindo uma fresta da porta.
–Obrigada... - eu já imaginava o do porque de estar aberta.
Despedi-me de Bill e agradeci por ter me trazido, quando entrei, foi tudo pior do que um dia imaginei, ele já estava em casa, mas não estava sozinho, meu rosto paralisou e as lágrimas rolaram de meus olhos como se já estivessem esperando por isso, achei que com o casamento tudo mudaria, que ao menos nos respeitaríamos. Me mantive nessa ilusão por dois anos, mas nos últimos meses o que ele foi antes voltou, me fazendo sofrer como antes me fizera, se envolvendo com outras, enquanto eu esperava ele voltar para casa.
Ele é estranho, me quer perto, mas não faz nada para não nos machucar mais...
Os beijos trocados pelos dois no meio da sala, com tanta sede um do outro, me fizeram lembrar quando nos conhecemos, da insistência dele em sair comigo, não sei nem o que vira em mim, uma simples bailarina, meio maluca, sem muito atrativo, nada que poderia chamar a sua atenção.
Eu já o conhecia e tomei todo o cuidado para não me envolver mais do que deveria ou não deveria... Uma noite apenas, todo o desejo entregue em uma cama de hotel, nada mais do que uma noite tive a certeza, números trocados e eu imaginei que nunca me ligaria... Nada mais que uma noite não é? Nem esperei nada mais que isso...
Um erro... Nunca deveria ter atendido o celular sem ver quem era, ou aprender a prever o futuro era uma boa.
Não queria que tivesse ligado nem as outras vezes que meu celular tocou e seu nome piscando no visor, eu não queria... Mas ficava na expectativa do celular tocar
Alguns encontros escondidos, algumas noites, alguns beijos, caricias, ligações, ciúmes, discussões... Se já era difícil, tudo piorou quando assumimos qualquer coisa que tínhamos que nem eu sabia como poderíamos chamar. Não apenas ficávamos, pois não se apresenta ficantes para a família, muito menos para o mundo como "Bem pessoal, esta é minha atual ficante!", nem namorados, pois quando se namora você se dedica ao seu parceiro, se está somente com ele ou pelo menos tenta estar, se passa boa parte do tempo com ele, mas não era isto que rolava, não com a gente, nossa rotina continuou a mesma, não nos víamos com frequência, às vezes até uma única vez por semana, não estávamos somente um com o outro mais sabíamos que necessitávamos um para o outro, como se fosse o ar, ou o combustível que nos mantinha em pé, não digo amor, porque nem um nem outro, talvez, soubesse o que era isso...
O Pior de tudo talvez fosse quando resolvemos assumir algo sério, quando a ansiedade e o desejo já não nos mantinha satisfeitos e passar todas as noites juntos era o que mais ansiávamos, espera... Isso é mentira! Este não foi o real motivo...
O Casamento estava lindo, ele no altar de terno, tênis e tranças, como sempre dissera que faria e eu entrando de vestido branco e sapato vermelho, os convidados de pé, as flores perfumando o ambiente, minha mãe chorando junto da mãe dele. Meu pai falou baixinho enquanto me encaminhava ao altar a passos lentos.
“Sabe que isso pode ser um erro não é? Sabe que ele não é o cara certo, mas eu e sua mãe estaremos de braços abertos se caso nossa menininha queira voltar...”.
"Sei que não esta a favor papai, mais faremos o possível para que dê certo ou pelo menos eu farei..."
Beijou minha testa antes de me entregar ao meu futuro marido, trocas de "sim", valsa, fotos e sorrisos...
Noite de núpcias... Noite de núpcias... Lua de mel... Hawaii... Parecia tudo um sonho, estávamos felizes por incrível que poderia parecer.
Eu tentei, eu realmente tentei fazer dar certo...
Mas como nem tudo na vida é doce e cor de rosa, as traições voltaram, junto das brigas, ciúmes e aquilo que sentíamos um pelo outro, aquela desejo todo, foi sendo deixadas de lado, empurradas para o fundo da estante, as noites quentes em que nossos corpos eram colados pelo suor que deles pingava, não eram tão quentes assim ou era apenas pelo aquecedor do quarto muito quente. Nem as tours faziam com que ele sentisse um pouquinho a mais de desejo, pois quando sentia, saciava seu desejo com as outras que passavam pela sua cama.
E a prova disso tudo, era eu ali no meio da sala paralisada, sem voz, com lágrimas escorrendo de meus olhos sem que eu fizesse força alguma, e todos os momentos bons que eu tinha lembrança foram manchados pela cena dele sem camisa agarrado com uma garota com a blusa aberta no meio da sala da minha casa... Da nossa casa...
Eu via o arrependimento nos olhos dele, seu semblante surpreso, certamente tentando pensar em algo para justificar o ato interrompido, como uma criança pega fazendo arte. Ele sabia a gravidade do que acabava de fazer, e viu em meus olhos que não seria como antes.
Passei por eles e fui direto ao meu quarto, não ficaria mais ali, já tinha sofrido demais, não sou tão burra como ele pensa que sou, não queria que fosse assim mas ele não me ajudou, não me deixou escolhas...
Desta vez eu era obrigada a dar um basta, pelo meu bem.
Peguei minha mala de viagem e coloquei o que encontrei pela frente das minhas coisas espalhadas, minhas lagrimas pingavam pelo quarto e minhas forças eram tão poucas que eu mal conseguia me manter em pé. Escutei um barulho, ouvi alguém correndo, o chão era de madeira e fazia muito barulho... Eu odiei o piso, mais ele gostava... Logo o vi entrar correndo no quarto, parando na porta ofegante, com os olhos arregalados ele me assistia colocar minhas coisas na mala ainda chorando prestes a ir embora.
–Ana não... - disse correndo até mim
–Foi tudo um erro... Desde o inicio, nunca deveria ter me casado com você, nunca deveria sequer ter saído com você àquela noite. - As lágrimas não me deixavam falar direito.
–Você não vai embora... Eu não vou deixar- disse arrancando as poucas roupas que eu havia colocado na mala e jogando com força no chão.
–Eu vou sim! Cansei Tom, cansei de ser burra ao ponto de achar que poderia melhorar com o tempo, de achar que eu poderia fazer com que nós dois pudéssemos amar algum dia, mas eu estava errada... Nunca iremos conseguir isso juntos. - disse juntando minhas coisas do chão.
–Você não vai a lugar nenhum! Sua casa é aqui e é aqui que você vai ficar!- disse tirando as coisas da minha mão e eu lutava para poder guardar tudo.
–PARA COM ISSO TOM! VOLTA PRA LÁ E TERMINA O QUE COMEÇOU!- Disse me descontrolando totalmente- NÃO ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA? HEIM? NÃO ERA ISSO? ME RESPONDA TOM! É O QUE TEM FEITO NOS ÚLTIMOS MESES, POR QUE HOJE SERIA DIFERENTE? UM DIVÓRCIO É TUDO QUE VOCÊ PRECISA PARA VOLTAR TUDO A SER COMO ERA ANTES!
–Ana, você esta descontrolada, se acalma e a gente conversa...
Ri sinicamente
– Você tá de brincadeira né? ME ACALMAR COMO? PRIMEIRO VOCÊ DIZ QUE VAI AO BANHEIRO E SOME, BILL TEM QUE ME TRAZER PARA CASA E QUANDO CHEGO AQUI O QUE EU ENCONTRO? O MEU MARIDO AGARRADO COM UM BISCATE NO MEIO DA SALA- Disse chorando ainda mais, olhei para ele ainda em prantos, pausando por alguns segundos- no meio da sala da nossa casa, NOSSA CASA! ONDE DEVERIA SER UM LUGAR NOSSO, NÃO ONDE VOCÊ TRAZ SUAS AMANTES, OU PELO MENOS PARECE, NÉ? JÁ QUE ISSO É UMA GRANDE FARSA DESDE O COMEÇO!!!
–TA CERTO! EU ERREI, MAS DA PRA PARAR? ME CRUCIFICAR NÃO VAI RESOLVER AS COISAS.
–E VOCÊ QUER QUE EU TE TRATE COMO? QUE EU TE APLAUDA E DEPOIS ME DEITE COM VOCÊ E BEIJE A SUA BOCA ONDE ELA BEIJOU E FINJA QUE NÃO OUVE NADA, QUE EU NÃO VI NADA? NESSE CASAMENTO PODE NÃO TER SENTIMENTO ALGUM, MAS EU NÃO SOU NENHUMA IDIOTA.
–PELO MENOS ELA DEMONSTROU UM POUCO MAIS DE INTERESSE EM MIM...
Eu não acreditei no que eu ouvi...
–Repete... Repete que eu não ouvi direito... Você está dizendo que uma qualquer que você catou na rua se importa mais com você do que eu? É isso? - Disse parando com tudo que eu fazia, colocando o indicador perto do ouvido direito e fechando os olhos.
–Ela não inventou desculpas de estar cansada, quando peguei ela de jeito... - disse me olhando com cinismo
Sua infantilidade me lembrava os piores momentos da nossa relação. Fui com tudo pra cima dele, fazendo o cambalear pra trás, eu batia em no peito dele com o resto das forças que me restavam.
–Cretino, eu te odeio! - disse tentando acertá-lo. - TE ODEIO.
Ele me segurou meus braços com toda força e me jogou na cama caindo por cima de mim, eu me debatia tentando me soltar mas a forma violenta que ele prendia começava a me tirar o fôlego. Percebendo que eu já não lutava mais, ele sentou na cama e me puxou pelas costas, e ainda me segurando com força contra seu peito ele me beijou com uma vontade que eu não sentia a muito tempo. Paixão ou medo de me perder? Eu me debatia tentando empurrá-lo, me descabelando toda, mas ele era mais forte, sempre foi. As poucas forças que me restavam logo se foram.
Sentia suas mãos fortes me apertarem as coxas por debaixo do vestido, subindo até minha calcinha, arrancando-a com rapidez, eu tentava fechar as pernas enquanto nossas mãos lutavam contra o outro, mas não conseguia seu peso novamente sobre mim era muito e eu estava fraca, ainda mais por voltar a chorar, as lágrimas escorriam pelos meus olhos, mas eu me mantinha em silêncio. Logo ele desabotoou a calça e eu pude sentir ele me penetrando com força, chegando a erguer meu quadril do colchão, dei um grito de dor, o único que não consegui reprimir. Ele me beijava com desespero, beijava tudo que sua boca alcançava, suas mãos me apertavam e apalpavam tudo que podia, eu suplicava que me deixasse ir, mas ele não parava.
–Não chora... Ana não chora!- disse ele tentando secar algumas lágrimas que teimavam em cair.
Continuei chorando ainda mais, não conseguia mais lutar, estava como uma boneca na cama dele.
Vi a raiva dominá-lo, a raiva por eu não obedecê-lo.
Aumentou as estocadas com força, me fazendo gritar de dor, tudo me veio à mente, a dor que causou em mim foi maior do que me tomar à força, a dor que eu sentia, era lembrar-me das noites cheias de carinho, em que me tomava com desejo, era quente, tão quente que ardia, suas mãos me deixavam vermelha, marcavam meu corpo em tudo que tocava mas eu não me importava, porque sabia que naquele momento ele era meu, somente meu e nenhuma no mundo poderia ter dele, todo o carinho que ele me dava, mas as lembranças serviram apenas para mais lagrimas se desprenderem dos meu olhos, e ver que o Tom pelo qual eu me apaixonei, sim me apaixonei... Perdidamente... Não existia mais... Logo senti o liquido quente dentro de mim, o fazendo perder a força e a vontade de me manter ali, ainda em prantos o empurrei de cima de mim, o jogando para o lado, escorreguei da cama, caindo de joelhos no chão e joguei o que pude na mala.
–Ana... - disse ele me segurando o pulso, quando eu puxava a mala para fora do quarto.
–Não encoste em mim...
–Olha pra mim... - disse meio alterado
–Não quero- disse batendo na mão dele que tentava puxar meu rosto
–OLHA PRA MIM PORRA! - disse puxando meu rosto com força- VOCÊ NÃO VAI SAIR DAQUI...
–Por quê? O que vai fazer pra me fazer ficar? Me pegar a força de novo? Me machucar, lembra Tom? "Prometo te amar e ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe." te lembra alguma coisa? Qual dessas partes você cumpriu? Me diz uma única e eu ficarei...
Ele ficou em silêncio e abaixou a mão que segurava o meu queixo
Fui em direção à porta, mas algumas de suas palavras me fizeram parar.
–Eu tentei...
Não ousei olhar para ele, fechei os olhos fazendo com que algumas lágrimas escorressem.
–Se você realmente tivesse tentado Tom... Não me trairia... Faria o que foi combinado...
Sai do quarto, passei pela sala a garota não estava mais lá, entrei em meu carro e vaguei pelas ruas sem rumo, não voltaria para casa de meus pais, eu não poderia me hospedar em um hotel jamais, me reconheceriam na hora, poderia ir para casa da minha irmã... Se eu tivesse uma... Restou-me a casa daquele que me ajudou e cuidou de mim em todas as vezes que Tom aprontava uma, fiquei com o carro estacionado na frente da casa dele, tomando coragem, abaixei a cabeça apoiada nos braços em cima do volante e chorei, chorei tudo que podia e mais um pouco, meu celular tocava sem parar, era ele ligando de casa, eu sabia que era de casa, o toque que escolhi denunciava, não atendi, deixei que caísse na caixa postal, sabia deixaria um milhão de mensagens na caixa postal, mas eu não ligava, não atenderia...
O que eu fiz de errado? O que eu fiz? Era o que vinha em minha mente, eu tinha certeza que o amava, mas como poderia me declarar a uma pessoa que me machucava tanto. Lembrei-me de quando saímos de madrugada para caminhar no parque do condomínio, sentamos em baixo da arvore e ficamos conversando, perguntando dos gostos um do outro, até que uma batida no vidro me assustou.
–Bill... - disse abrindo a janela
–Meu Deus Ana, o que houve?- Disse sem entender nada
–Posso ficar aqui, só hoje, até ter algum lugar para ficar?- Disse meio tímida com a presença dele
–Claro, mas o que houve? O que o Tom fez?- disse abrindo a porta do carro
Ter que contar tudo o que vi foi muito difícil, omiti de Bill o que Tom fez comigo depois da discução, não queria que eles brigassem por uma coisa que era só minha e dele, Bill sabia que o irmão não era um santo e sabia mais coisas que eu, mas mesmo assim, não queria ser um problema, mais do que eu já fui e sou...
– Eu não acredito que ele teve coragem... - disse Bill se levantando do sofá e andando pela sala- Ele a levou pra sua casa? Ele nunca trouxe nenhuma garota aqui pra casa, a não ser você, ele sabe muito bem que é antiético, ainda mais ele sendo casado...
Olhei para os meus pés, não sei onde meu corpo arrumava tanta água para tantas lágrimas, recomecei a chorar baixinho, meu corpo estava mole e minha cabeça doía tanto que eu achei que explodiria, eu não estava suportando mais...
–Ana... – disse sentado ao meu lado- você sabia que era um erro não é? Vocês dois sabiam...
–Seria pior se não tivesse feito, que exemplo ele seria depois?
–Não sei... Mas poderiam ter feito de outro jeito
– Bill... Nós erramos para depois fazer o certo, e agora eu farei... Vou me separar dele, já que não há mais nada que me faça continuar ao lado dele...
Bill suspirou pesado, me levou para o andar de cima da casa e me mostrou o quarto que eu dormiria o quarto que pertencera ao meu marido quando era solteiro.
–Me desculpe por isso... - disse se referindo ao quarto- Fique a vontade, tome um banho e durma um pouco, amanhã com a cabeça mais fria resolveremos como quiser.
–Obrigada... - disse entrando no quarto
Bill me beijou na testa e me deixou sozinha
Olhei o quarto, o quarto que eu lembrava muito bem, olhei cada canto dele da porta, vi o guarda roupa de madeira clara, o tapete no chão, os porta retratos, a cama arrumada, onde me prendeu a atenção, quase pude ver nós dois ali, deitados em baixo da coberta, ele me abraçando por trás, nossas mãos com os dedos entrelaçados, ele mexia em meu cabelo molhado e eu com os olhos fechados, nunca disse a ele, mas eu amava isso, quando nos saciávamos tomávamos um banho juntos e deitávamos na cama, ainda nus e ficávamos apenas nas carícias e poucas palavras.
Sentei na cama e tirei as sandálias, levantei a cabeça e pude ver meu reflexo no espelho à frente da cama, pude visualizar minhas coxas marcadas por suas mãos, meu pescoço arranhado pela barba ainda para fazer, e meu rosto com os olhos fundos e vermelhos, a maquiagem borrada e os cílios molhados, os cabelos bagunçados, me levantei e fui até o banheiro mal pude andar pelos meus pés cansados pelos saltos que estavam a me matar a muito tempo, liguei a água da banheira, desmontei o cabelo e tirei minha roupa, acendi um cigarro, peguei o mau hábito de fumar quando estou nervosa enquanto estive casada com ele, desliguei a água e entrei na banheira, ainda com o cigarro na mão, estava tudo em silêncio, só ouvia o barulho da água batendo nas laterais da banheira quando eu me mexia, fechei os olhos.
Ouvi os assovios familiares de Axl Rose da musica Patience começar a tocar dentro do banheiro, era engraçado como tudo colaborava com a minha infelicidade.
“One, two, one, two, three, four…”
Quando ele começou a cantar fechei os olhos, não queria lembrar nada.
“Shed a tear cause I'm missing you
I'm still alright to smile
Girl, I think about you every day now
Was a time when I wasn't sure…”
Era o meu celular tocando em cima da pia, eu sabia que era ele de novo, mais eu não atenderia, me submergi na água, com a mão que eu segurava o cigarro pra fora, tentando abafar o som do telefone, o que foi difícil e quase me matou com a falta de ar, a musica parou, mas eu continuei... Tom sempre disse que minha voz era boa, mas eu nunca acreditei...
– But you set my mind at easy/ There is no doubt you're in my heart now/ Said, woman, take it slow/ And it'll work itself out fine/ All we need is just a little patience…– Cantei enquanto tragava o cigarro
Paciência foi tudo que eu mais precisei… e foi tudo que eu procurei ter…
Não culpo só a ele, Tom não teve toda a parcela de culpa, na realidade a culpa nem sempre é de uma só pessoa, admito que também errei muito, fiz coisas sem pensar, talvez pensasse, mais só em mim... E toda a minha depressão momentânea era por não conseguir mantê-lo ocupado apenas comigo, por não ser o suficiente...
Logo o telefone tocou de novo, levantei e tirei a água do cabelo e esvaziei a banheira, peguei o celular e fui sem toalha até o quarto, molhando todo o chão, me deitei em baixo das cobertas e com o celular tocando ao meu lado adormeci...
Passaram se um mês desde que sai de casa, eu não estava mais na casa do Bill, apesar das insistências dele para eu ficar, eu havia alugado um apartamento perto dali, já não estava tão mal quanto antes, apesar de ter passado pouco tempo... Mas eu ainda acordava de manhã alisando a cama, o lado onde ele dormia, cheguei até chamá-lo achando que estava em casa... Na nossa casa...
Eu estava novamente parada na frente do condomínio onde morava, estava dentro do carro, olhando o prédio com o braço pra fora da janela, segurando um cigarro que estava pela metade entre os dedos, eu precisava pegar o resto das minhas coisas, e eu esperava muito que ele não estivesse em casa, ou que pelo menos ele não estivesse com ninguém, eu ainda estou com medo dos sentimentos que eu tinha e se ele não estivesse em casa me ajudaria, eu não queria enfrentar isso que eu sentia, sim eu estava fugindo, eu estava sendo uma puta medrosa nesse momento, mas e daí? Quem não teria?
Tirei os saltos e os joguei no banco de trás e coloquei um all star todo rabiscado, sem amarrar os cadarços, que eu tinha jogado no carro, coloquei os óculos de sol, fiz um coque meio desarrumado no cabelo ainda meio molhado, sai do carro, traguei e me abaixei, apaguei a bituca de cigarro no chão, joguei em um lixo que tinha ali e entrei no prédio.
Parei a frente do 318, esperando ter lembrado de trazer a chave, achei ela jogada dentro da bolsa, abri a porta e uma saudade bateu quase me derrubando emocionalmente, olhei tudo ao redor, estava tudo como antes, tudo no lugar, tudo como deixei...
Ri baixinho, com a nostalgia que me bateu, ao sentir o cheiro não muito forte de cigarro misturado com o cheiro de cachorro que tomou banho, roupa limpa e desodorante masculino, podia ser estranho, mais a nossa casa tinha esse cheiro...
Entrei sem fazer barulho, mais ao começar a andar, o chão de madeira me denunciou mesmo estando de tênis.
–Porcaria de chão– disse baixinho
Escutei algo, ai não!
–Scotty não!
Scotty, o cachorro do Tom, estava em casa, era bem provável que ele estivesse em casa.
Os cachorros passavam uns dias na casa de Bill, uns dias em nossa casa... Errr... Quer dizer na casa do Tom, parecia mais guarda compartilhada... Mas era bem legal, assim eles não sentem tanta falta uns do outro.
Vi ele virar o corredor correndo e latindo alto veio correndo até mim e pulando nas minhas pernas, quase me derrubando, acho que ás vezes ele não sabe a força que tem...
–Scotty, quieto!Se não o papai vai acordar– disse baixinho, fazendo-o ficar quieto me abaixei na frente dele, dei risada com o comentário- Seu pai ta em casa? – ele começou a abanar o rabo, dando a impressão de entender o que eu falava, mas ele entende... Claro que entende! Me apeguei tanto a eles desde que eu e Tom nos conhecemos que, assim como eles, os tratava como membros da família.
Acho que foi o que aproximou eu e Tom ainda mais, o amor pelos animais que ele tem me encantou.
–Que saudade que tava de você! E seus irmãos? Esta cuidando bem deles?-falei baixinho, acariciei os pelos dele e lhe beijei.
Estranho porque parecia que ele não estava em casa, pois estava tudo em silêncio, mas conhecendo o Tom ele não deixaria Scotty sozinho, trancado em um apartamento, passei pela sala, deixando meus óculos e minha bolsa em cima do sofá e Scotty brincando com seus brinquedinhos no tapete da sala e fui andando pelo corredor até o meu antigo quarto torcendo para que ele não estivesse ali, abri a porta devagar e pude ver, ele dormindo todo esparramado na cama, com uma perna dobrada e outra esticada e um dos braços sobre os olhos, o lençol lhe cobria só a cintura, tentei não me derreter com isso e pular na cama com ele.
Parei na porta, e fiquei o vendo dormir tranquilo, vê-lo assim, era como voltar ao tempo, voltar na época em que era tudo, um pouco mais fácil, onde a maior preocupação era a próxima vez que nos veríamos sem ser descobertos, ele tirou o braço do rosto, esticando ao lado do corpo, respirando fundo e mexendo os lábios, me aproximei da cama, senti vontade de tocá-lo, mais não poderia, eu sentia saudade de poder beijá-lo, tanta saudade que eu manteria guardada em mim até eu esquecê-la de vez e aprender a viver sem ele...
Estava tudo bagunçado como era de costume, tentaria tirar tudo que era meu sem fazer barulho, mas ao abrir o armário, aquela porcaria rangeu como nunca na vida, fechei os olhos os espremendo, torcendo para ele não acordar, me virei devagar, ele apenas se mexeu na cama, virando para o outro lado, voltei ao que fazia, procurei as malas e as encontrei em baixo da cama, puxei elas dali e fui tacando tudo que era meu ali dentro, as vezes olhava para ele, para me certificar que estava dormindo, não queria correr o risco de ter de enfrentá-lo novamente.
Eu havia voltado aqui duas semanas depois do ocorrido, para buscar mais coisas minhas e lhe deixar o termo de divórcio, mas ele não queria, não queria se divorciar de jeito nenhum e acabamos discutindo novamente, quase entrando na porrada.
Tentava lembrar, onde estava tudo que era meu, eram muitas coisas e estava tudo espalhado pra ajudar... Olhei para a parte de cima do armário avia uma caixa minha, onde eu guardava as joias da minha mãe, que ganhei dela para usar no casamento.
Eu nunca detestei ser baixinha, como estava odiando agora, eu estava na ponta dos pés tentando pegar a caixa, eu pulava baixinho pra não fazer tanto barulho, a puxei com as pontas dos dedos, fazendo ela cair, acabei pisando no cadarço do tênis e voando pra frente caindo no chão com a caixa do lado, fazendo mais barulho, era bem provável ele ter acordado agora...
–Ana saco de desastre...- resmunguei baixinho me sentando no chão cuspindo o cabelo da boca.
Scotty entrou correndo no quarto e começou a me lamber, eu tentava me levantar mais Scotty estava em cima de mim me atrapalhando.
–Ana?- disse se sentando na cama e coçando os olhos.
Eu não sabia o que dizer, estava imóvel na pior posição possível e com Scotty em cima de mim me lambendo.
–Oi?- falei meio sem graça.
–Oi...- ele pareceu pensar muito bem antes de falar- O que faz aqui?- disse sério, mas me pareceu meio perdido comigo ali, não sei direito- Scotty venha aqui!- disse batendo a mão na cama.
Scotty subiu na cama e deitou a cabeça no colo dele.
–Vim buscar o resto das minhas coisas... Ainda tenho a chave... - ele abriu e fechou a boca algumas vezes, mas não disse nada.
–Eu não.- disse sem tirar os olhos de mim, com certeza se referia a bagunça do quarto e que não esperava que eu voltasse.
Ele me olhava sério, mas sua expressão era de quem acordou com um susto. Não era espanto, só surpresa, como se encontrasse algo que avia perdido há um tempo e estava procurando e quando encontra, ele está estragado e no lugar mais obviu do mundo.
Ficamos nos olhando, não conseguíamos encontrar palavras que servissem no momento, ainda estava tudo bagunçado dentro dos dois, mas logo ele abriu um mínimo sorriso de canto, olhou para os lados e baixou a cabeça, olhando para Scotty em seu colo ainda sorrindo, seus sorrisos que me encantavam e eu me odiava por isso, o sorriso que ele sempre dava ao acordar todo preguiçoso, após uma noite bem dormida, com o rosto amassado e um pouco inchado, saudades de como seus olhos ficavam clarinhos pela manhã, como eu gostava disso, das poucas coisas mal percebidas que eu tinha o privilégio de ter todos os dias ao acordar, e muitas outras pelo longo do dia em que eu achava que nem fazia diferença se gostava ou não...
E lá estavam eles, os seus olhos na cor mel que me olhavam com um brilho diferente, como se sofressem, mas algo ainda o fazia feliz... O mesmo olhar que vi de frente para o espelho no dia em que casamos um nó na garganta se fez.
Ele não disse nada por muito tempo, enquanto eu voltei a arrumar as coisas, tentei não olhar para ele, tentei não pensar em nada, nada que fosse relacionado a nós dois, mas era difícil, quando se tem a pessoa que você mais queria perto, mas ao mesmo tempo longe, perto de você. Talvez eu não soubesse me expressar, eu realmente não sabia me expressar, nunca fui boa nisso, eu o queria, mas também me proibia disso... Sabia que ele estava me olhando, por isso não me atrevi a olhar pra trás, porque sabia que aqueles olhos me chantageariam, me comovendo por dentro, acabei ficando sem jeito e eu não queria nada disso pra mim...
Acabei encontrando uma caixa linda, que eu nem me lembrava de ter... Eu sabia que me arrependeria, mas abri mesmo assim, lá estavam nossas taças que usamos no casamento e nosso álbum, ele estava lindo, por mais que Dona Simone tenha reclamado falando que pelo menos no casamento ele teria que ir decentemente, que havíamos pagado muito caro no terno e no sapato e ele não queria usar, e não teve quem o fizesse colocar o sapato e mesmo assim ele estava lindo, seu sorriso era verdadeiro apesar das circunstâncias do acontecimento. Uma lágrima escorreu dos meus olhos e eu sorri, limpei a lágrima e coloquei a caixa em cima da cama
Eu estava saindo do quarto com a caixa de joias na mão, Tom carregava contra a vontade a minha ultima mala.
–Bem, eu já vou indo... Éééé... obrigada pela ajuda com as malas...
Ele mordeu o lábio, coçou atrás da orelha e colocou as mãos nos bolsos da calça, era incrível como Tom conseguia acabar comigo com apenas um olhar, um olhar que dizia tudo que sua boca não falava.
Olhei para ele, tomando coragem, ou perdendo o pouco que eu ainda tinha.
–Ah e o termo de divórcio... Quando tiver assinado...
Não consegui terminar, eu não sabia como agir, não sabia o que fazer, estava começando a ficar mais perdida ainda.
–Ok, já vou...- disse me virando para a porta.
–Ana... Eu queria conversar com você. - disse pegando em minha mão
–Tom eu...
–Por favor, me escuta, se eu não te convencer a ficar eu assinarei o que você quiser. - falou firme e uma só vez
Eu não sabia o que dizer, nada saia da minha boca eu queria ir embora dali o mais rápido possível, mas meus pés não se moviam.
–Ana, eu sei que nada que eu diga vai adiantar, mas eu preciso tentar... Esses últimos dias foram os piores da minha vida, não sei o que foi, mas foi pior que muita coisa que eu já senti...
–Tom...- disse puxando minha mão.
–Não, escuta! Olha sei que nosso casamento foi uma palhaçada desde o começo, sei que foi uma escolha errada e que não era nossa intenção tudo que aconteceu, mas eu não podia me separar de você, muito menos deixá-la sozinha na cagada que nós dois fizemos.
–Tom, não há problema algum agora... O motivo para estarmos casados, morreu há um ano, literalmente... - eu ainda não sabia o que sentir sobre isso...
–Eu sei disso, eu não queria me casar e você sabe disso, nenhum de nós queria, mas o motivo pelo qual não pedi o divórcio depois que você... – era bem provável que ele também não sabia ainda como se sentir sobre o assunto - Foi por não conseguir te ver longe, nos braços de outro, eu não admitia estar sentindo isso, não sei o que é isso, tinha medo de depender de você, eu não sei com o que estou lidando, isso é novo para mim...
–E por isso vivia como se não fosse casado?
–Eu tentava de todas as formas, não te desejar, tentando achar em outras, o que eu queria... Que só você tem... E mal eu sabia que já estava sentindo isso há muito tempo... Ana eu...
–Tom, Não! Eu não quero ouvir, dizer isso não fará com que eu fique...
–Mais eu preciso, eu me apaixonei por você, sei que isso não muda em nada a situação, mas... Preciso de você...
–Tenho que ir... - disse me virando, peguei o que conseguia e sai dali.
Eu não aguentaria mais isso, tudo que eu mais quis desde, sei lá eu quando, ele falou agora e eu não podia aceitar, não queria acreditar, não queria, não mais uma vez...
Entrei em meu apartamento, agarrei na primeira coisa que vi e joguei na parede, sorte ter sido minha sapatilha velha jogada por ali, me joguei no tapete fofo da sala e fiquei ali até absorver todo o pó do chão, ou pelo menos até o pó irritar minha alergia e começar a ter um ataque de espirro...
–Porcaria... - disse assuando o nariz em um lenço sentada em cima da cama- maldito Kaulitz, por que disse isso só agora? Não, primeiramente, porque eu fui transar sem camisinha? Maldição!- disse tacando a caixa de lenço na parede e me jogando pra trás caindo deitada no colchão- ATCHIN!
Peguei meu celular e olhei o visor, normal como sempre, fui ao ícone de mensagem e escrevi...
“OI...”
Destinatário: TOM
É eu não tinha o que fazer mesmo... Logo meu celular tocou novamente
“rsrsrs Oi!”
Eu não sei por que puxei conversa... Mas eu sei que tenho problemas...
“Ta em casa?”- mandei
“To em casa... Tava deitado... Por quê? Vai vir aqui?”
Vai besta, colocou lenha na fogueira, agora sai dessa.
“Não, força do hábito.”
Mandei, logo a resposta chegou.
“Queria dormir com você mais uma vez... e acordar ao seu lado...”
Eu não acredito... Odeio o que ele causa em mim, que me faz sorrir quando não quero... Que me faz lhe beijar quando eu queria lhe bater... Não adiantaria não responder, ele ligaria...
“Tom, por favor... Desculpa o incômodo, não sei por que te mandei mensagem... Dorme vai, boa noite...”.
Virei de lado esperando a resposta, como eu sou uma imbecil!
“Boa noite meu anjo...”.
Não cara... Odeio como ele meche comigo, quero esquecer ele, mas ele não deixa... Os dois não deixam...
Arremessei o celular no meio das minhas roupas que estavam jogadas no chão, no canto do quarto e soquei o travesseiro na cara.
Depois de tomar um banho, e embarcar em uma tentativa fail de dormir ás 21:00 hrs, estava sentada na cama, ouvindo Aerosmith, apenas de lingerie, tragando o terceiro cigarro e me xingando internamente por não conseguir ser forte quando preciso...
Dane-se tudo, sempre me arrependi de tudo e sei que vou me arrepender de novo.
–Imbecil, imbecil, imbecil...
Toquei a campainha, eu realmente estava sendo uma imbecil agora de estar tocando a campainha alheia apenas de robe, meu all star rabiscado e desamarrado e um cigarro de menta aceso na mão.
Ele abriu a porta, sorrindo de canto e me olhou de cima abaixo.
–Eu sei estou horrível...
–Esta linda...
Ficamos em silêncio ele estava encostado na porta me olhando e sorrindo, usava uma samba calção verde escura que estava amostra por debaixo da calça de moletom cinza clara.
Ele mordeu o lábio inferior, pegou minha mão e me puxou para dentro do apartamento, fechou a porta, nos olhamos apenas... Ta okay, plano C: Corra para casa...
–Ta foi mal a hora, to indo embora.
–Não, venha aqui- disse me puxando mais pra perto e segurando em minha cintura- já que esta aqui passa a noite comigo.
–Tom... Acho melhor eu...
–Vai, fica comigo... - disse olhando em meus olhos.
Porcaria...
–Não quero que fume- disse pegando o cigarro que eu tragava de minha mão e apagando no cinzeiro mais próximo.
–Estou nervosa...
–Você sabe que eu não gosto que fume - disse roçando seu nariz no meu- Não quero que se estrague... – A forma como ele se mostrava preocupado comigo era linda, acho que nenhum dos dois reparou como nos preocupávamos um com o outro...
Ele me beijou com tanta vontade, tanta saudade que me entreguei, me entreguei totalmente.
–humm... Fica?
–Eu vou me arrepender muito disso.
–Se arrepende depois.
Ele enveredou as mãos por dentro do meu hobbie, revelando meu corpo seminu.
–hmm... Já veio pronta... - disse apertando meu traseiro, ele desceu meu robe, jogando-o no chão, com os pés tirei meus tênis.
Colocou-me contra a porta ainda me beijando, suas mãos percorriam a lateral do meu corpo, por vezes me apertando, me sustentou com as mãos e me colocou em seu colo, com as pernas ao redor de sua cintura, me apertando no meio das pernas. Eu podia sentir sua ereção pulsar em minha entrada me excitando, os gemidos eram altos e a porta fazia um escândalo, batendo no batente. Escutamos batidas na porta, fazendo nos entreolharmos com os olhos arregalados.
–Não se mexe– disse baixinho, ele olhou pelo olho mágico e riu- é o sindico...
Ele bateu de novo
–Senhor Kaulitz?
Comecei a rir me espremendo pra não gargalhar, ele tentava me fazer parar de rir, mas acabava rindo junto, o sindico bateu novamente na porta, dessa vez mais forte, me empurrando, fazendo a gente cair na gargalhada, pelo baque fazer sua cintura bater entre minhas pernas, nos arrepiando todo.
–Só... Um minuto... - disse ele se controlando e me descendo de seu colo
Coloquei o robe e abrimos a porta, Tom ficou atrás de mim, me apertando contra sua cintura discretamente, enquanto eu tentava fazê-lo parar.
–Em que podemos ajudar?- disse ele
Sínico!
–Bem é... - ele ficou meio sem graça por nos ver naquela situação, até porque meu robe estava meio aberto- A visinha da frente ligou para o meu apartamento, alegando que eu tomasse uma providência, pois os senhores estavam fazendo muito barulho, e como vocês sabem ela tem um bebê pequeno e tudo mais...
–Nos desculpe por isso- disse tentando parecer séria
–Sei que casaram a pouco tempo, respeitamos a imagem de vocês e não falamos da intimidade de vocês, mas vocês sabem como são eles não é?- disse apontando a porta da frente.
–É tentaremos... Não fazer... Tanto... Barulho- disse Tom olhando pra baixo com um sorriso cômico nos lábios.
Logo o Sindico foi embora meio desconcertado, enquanto nós nos partíamos de rir da situação. Ainda rindo ele me levou para o quarto e me deitou na cama devagar, se sustentou pelos braços em cima de mim e ficou me olhando até eu parar de rir, e apenas sorrir para ele.
– Você fica linda sorrindo.
–Isso, é porque você não se olha no espelho quando está sorrindo.
Sorriu e me beijou devagar, com carinho, acendendo aos poucos o que o síndico atrapalhou, abriu devagar meu robe, suas mãos acariciavam meu corpo com delicadeza, percorrendo suas mãos fortes nos pontos fracos do meu corpo que ele sabia muito bem quais eram, me apertando por algumas vezes, distribuía beijos suaves pelo meu pescoço, colo, seios. Logo podia sentir minha boca arder, seus braços ao lado do meu corpo tremiam de ansiedade assim como todo o meu corpo.
Ele se afastou um pouco e tirou sua calça, tirei meu robe novamente, voltando a me beijar como antes, distribuindo beijos pelo meu pescoço, sua mão passeava pelas minhas costas, onde encontrou o fecho do soutien abrindo-o em seguida e jogando em qualquer canto, ele experimentou cada pedaço do meu seio com a língua, o fiz deitar na cama e subi em cima dele sentando em seu quadril, me mexendo ao mesmo tempo em que o beijava e ele tocava meus seios, eu rebolava em cima dele fazendo-o gemer baixinho e fechar os olhos.
–Vamos vai, para de brincar comigo... – disse ofegante. - Eu preciso sentir você.
Deixei-o comandar, ele tirou minha ultima peça de roupa desesperadamente e logo a dele, abriu minhas pernas gentilmente, entrou no meio delas e começou a me penetrar aos poucos, arrancando gemidos dos dois, logo foi aumentando a velocidade das estocadas, ele abriu mais minhas pernas, deixando-o livre para se mexer como queria, fazendo movimentos circulares entre elas.
–Amo sua elasticidade. - disse em meu ouvido.
–É o que anos de ballet me proporcionou querido... - fui calada pelos seus lábios grossos sobre os meus.
Não demorou muito e já pingávamos suor, meus cabelos grudados no rosto e no pescoço, suas tranças também colavam em seus ombros, sua expressão de puro êxtase, a boca entreaberta por vezes mordia os lábios ou me beijava, me fazia crescer uma vontade imensa de não ir embora, de ficar nos seus braços, sentindo esse prazer, esse amor.
Mas talvez não fosse sempre assim.
–Eu te amo...- foi inevitável.
Ele sorriu e me beijou.
–Eu te amo.
Sabe aquela sensação que te dá quando você sente um perfume diferente e aquilo te lembra algo bom junto da pessoa amada, de um tempo que ficou no passado? Aquela emoção, que te dá uma sensação tão boa que você achava que nem existia mais, ou que nem é mais possível ser tão grande que só se tem vontade de se entregar a pessoa amada sem ter medo? Foi o que eu senti, Tom estava se declarando a mim e eu a ele, coisa nunca antes permitida pelos dois quando éramos casados, nosso casamento era como uma amizade colorida, onde se tem sexo mais não tem compromisso, mas agora estava sendo bem mais que uma transa ou ostentação de desejos acumulados, era amor! E eu não sabia se isso era bom ou ruim... Não queria pensar nisso agora...
Seus gemidos fracos foram ficando mais intensos e logo senti seu liquido quente esguichar dentro de mim, e seu corpo relaxar sobre o meu, ele fechou os olhos e ficou ali, acalmando a respiração de olhos fechados ainda dentro de mim.
–Estou pesado em cima de você?- disse sem se mexer.
–Não.
Ele virou o rosto e me olhou, o empurrei , fazendo o rolar do meu lado, me levantei e o puxei pela mão até o banheiro, liguei o chuveiro e o puxei para entrar no Box comigo. Ficamos em baixo da água nos beijando e acariciando um ao outro, não demoramos muito ali, mais foi como se o tempo parasse, Tom era muito carinhoso, mais muitas vezes evitava fazê-lo, mas acabava sendo sem perceber, era lindo...
Deitamos na cama, embaixo das cobertas, ele entrelaçando seus braços em minha cintura e acariciando meu cabelo, como antes...
Ficamos calados por um tempo, eu podia ouvir sua respiração e o barulho do lençol sendo mexido pelos seus pés.
–Já disse alguma vez que adoro seu cabelo molhado? - disse sério.
Ri da cara que ele fez, encostei a cabeça em seu ombro e fechei os olhos.
–Já, já disse... - disse ainda de olhos fechados.
Me virei de frente para ele e reencostei minha cabeça em seu ombro
–Acho que eu nunca disse que gosto quando ficamos assim, como estamos agora.
–Esta dizendo agora.
Escutei ele rir fraco, ele começou a acariciar meu rosto, desceu sua mão pela lateral de meu corpo e passou a acariciar minha barriga, e eu retribuía, dava para ver que ele estava cansado, pois seus olhos estavam fechados, com sono, minhas caricias quase o faziam adormecer...
–Tom?
–humm.
–Não dorme...
–não to dormindo...
–Como você acha que seria, se ele tivesse aguentado?
–Esta se referindo ao bebê?
–Sim...
–Não faço ideia... Tento não pensar nisso.
–Acho que eu gostaria que ele tivesse nascido...
–Ele teria um ano e nove meses agora...
Não sei como ele sabia quantos anos ele teria, talvez tivesse feito às contas. Ficamos em silêncio, por mais que não parecesse, acho que já tínhamos qualquer tipo de sentimento por ele quando ele ainda estava em minha barriga, eu não sei se foi bom ou não eu ter perdido o bebê, talvez isso fosse preciso para que ele não passasse por essa situação em que os pais dele estão metidos.
Apertei os olhos, me virei de costas novamente, era difícil dizer olhando em seus olhos...
–Você assinou o termo de divórcio?- perguntei a ele sem olha-lo
Escutei ele respirar fundo, virar um pouco o corpo para o lado, ele me virou para ele, estava sério, até um pouco triste e com a folha na mão.
–Você quer mesmo isso?
Não falei nada
–Quer se separar mesmo me amando?- vendo que não teria resposta me esticou a folha e se levantou da cama, pegando um cigarro, acendendo e indo fumar na janela.
Peguei a folha, me sentei na cama e reli o termo, corri os olhos pela folha e vi a assinatura de Tom no fim da folha, na barra marcada onde deveria assinar, e ao lado a minha estávamos separados definitivamente. Isso não me soou como queria que soasse
–Tom, se tudo fosse diferente, se não tivesse essas garotas, talvez eu...
–Você não entende mesmo né...? Não há mais garota alguma e estou disposto a mostrar isso a você... – disse sério sem me olhar
Olhei para o lado sem ter um ponto fixo, o que eu teria a perder? Tudo! Não aguentaria sofrer de novo, não agora...
–Posso te pedir uma coisa?- Disse com medo da resposta
–Diga... – Ele pagou o cigarro e se voltou novamente para mim.
–Diz que me ama- Falei o encarando.
Ele se aproximou de mim, quase ficando por cima do meu corpo, nossos rostos estavam bem próximos, ele me olhava nos olhos, até parecia que queria saber o que eu sentia em minha alma, me fazendo amolecer na cama.
–Eu te amo... Muito...
Neste momento eu fiz a escolha mais difícil da minha vida, ele levou um susto e me olhou sem entender nada.
Eu havia rasgado o termo de divórcio ao meio
–O que...?- disse ele olhando para minhas mãos que tremiam ao rasgar a folha em centenas de pedaços
Encolhi os ombros e sorri
–Eu me apaixonei por você, Kaulitz... Me diga o que vamos fazer agora...
Tom se sentou na cama, me puxou me abraçando forte e me beijou, joguei longe os pedaços daquela folha e me concentrei em amar e ser amada a noite toda, em dar uma chance a ele de me mostrar que pode ser diferente dessa vez, que por mais que a vida tenha nos colocado na mesma situação de uma forma torta, nós também temos a capacidade de amar, de uma forma louca que só nós entendemos, e é o jeito mais gostoso de amar o jeito como ele me ama, mesmo sendo dolorido às vezes, mais ainda amo o jeito como ele me ama...
Então é isso, espero que tenham gostado, me diverti muito escrevendo esta one, na verdade eu me obriguei a escrever porque o maldito sonho não me saia da mente e não me deixava trabalhar concentrata @.@ (clichê eu sei) então agradeço por terem lido.
Como já mencionei lá no Nyah! Pela primeira vez escrevo uma one-shot, a idéia para esta, veio de um sonho que tive a um tempo atrás, depois que reli a fic da Mich "Nós Dois",que por sinal, recomendo...
Não sei se está boa, pois sendo a primeira não tenho muita experiência, agradeço a Mich por ter corrigido a one e me dado várias dicas super legais, e também por ter me aguentado lhe azucrinando rsrsrs
Bem, espero que gostem!
Boa Leitura!
AH! Tokio Hotel não me pertence, os fatos abaixo são fictícios, criados por uma fã sem fins lucrativos!
Agora sim! Boa Leitura!
P.s: coloquei o título com meu nome porque não aceitou... Muito curto
This Love
Derramei uma lágrima, porque eu sinto sua falta
Eu continuo bem para sorrir
Garota, eu penso em você todo dia agora
Houve um tempo em que eu não tinha certeza
Mas você acalmou minha mente
Não há dúvida, você está no meu coração agora
Patience-Guns n Roses
Classificação: +18
Personagens: Tom Kaulitz, Bill Kaulitz
Gêneros: Hentai, Romance, Estupro.
Avisos: Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
-X-
Olhei ao redor, já era noite, suspirei pesadamente lembrando-me do porque estar ali, meus sapatos estava me matando, resultado de uma boa caminhada. Meus olhos não encontraram quem eu procurava, e que esteve procurando boa parte da noite, só viram "ele" que esteve comigo a noite toda e que agora me levava para casa.
Estávamos chegando ao meu apartamento em silêncio, só se ouvia o barulho dos meus saltos e das botas dele no asfalto, olhei novamente para ele que sorriu gentilmente para mim, me fazendo retribuí-lo sem pensar, ele costumava provocar isso em mim.
Eu morava em um condomínio fechado em Los Angeles, não muito longe do centro, mas não era um lugar agitado como resto da cidade, subimos com o elevador e entramos no corredor do andar onde eu morava, paramos a porta para localizar a chave em minha bolsa.
–Está aberta!- disse ele abrindo uma fresta da porta.
–Obrigada... - eu já imaginava o do porque de estar aberta.
Despedi-me de Bill e agradeci por ter me trazido, quando entrei, foi tudo pior do que um dia imaginei, ele já estava em casa, mas não estava sozinho, meu rosto paralisou e as lágrimas rolaram de meus olhos como se já estivessem esperando por isso, achei que com o casamento tudo mudaria, que ao menos nos respeitaríamos. Me mantive nessa ilusão por dois anos, mas nos últimos meses o que ele foi antes voltou, me fazendo sofrer como antes me fizera, se envolvendo com outras, enquanto eu esperava ele voltar para casa.
Ele é estranho, me quer perto, mas não faz nada para não nos machucar mais...
Os beijos trocados pelos dois no meio da sala, com tanta sede um do outro, me fizeram lembrar quando nos conhecemos, da insistência dele em sair comigo, não sei nem o que vira em mim, uma simples bailarina, meio maluca, sem muito atrativo, nada que poderia chamar a sua atenção.
Eu já o conhecia e tomei todo o cuidado para não me envolver mais do que deveria ou não deveria... Uma noite apenas, todo o desejo entregue em uma cama de hotel, nada mais do que uma noite tive a certeza, números trocados e eu imaginei que nunca me ligaria... Nada mais que uma noite não é? Nem esperei nada mais que isso...
Um erro... Nunca deveria ter atendido o celular sem ver quem era, ou aprender a prever o futuro era uma boa.
Não queria que tivesse ligado nem as outras vezes que meu celular tocou e seu nome piscando no visor, eu não queria... Mas ficava na expectativa do celular tocar
Alguns encontros escondidos, algumas noites, alguns beijos, caricias, ligações, ciúmes, discussões... Se já era difícil, tudo piorou quando assumimos qualquer coisa que tínhamos que nem eu sabia como poderíamos chamar. Não apenas ficávamos, pois não se apresenta ficantes para a família, muito menos para o mundo como "Bem pessoal, esta é minha atual ficante!", nem namorados, pois quando se namora você se dedica ao seu parceiro, se está somente com ele ou pelo menos tenta estar, se passa boa parte do tempo com ele, mas não era isto que rolava, não com a gente, nossa rotina continuou a mesma, não nos víamos com frequência, às vezes até uma única vez por semana, não estávamos somente um com o outro mais sabíamos que necessitávamos um para o outro, como se fosse o ar, ou o combustível que nos mantinha em pé, não digo amor, porque nem um nem outro, talvez, soubesse o que era isso...
O Pior de tudo talvez fosse quando resolvemos assumir algo sério, quando a ansiedade e o desejo já não nos mantinha satisfeitos e passar todas as noites juntos era o que mais ansiávamos, espera... Isso é mentira! Este não foi o real motivo...
O Casamento estava lindo, ele no altar de terno, tênis e tranças, como sempre dissera que faria e eu entrando de vestido branco e sapato vermelho, os convidados de pé, as flores perfumando o ambiente, minha mãe chorando junto da mãe dele. Meu pai falou baixinho enquanto me encaminhava ao altar a passos lentos.
“Sabe que isso pode ser um erro não é? Sabe que ele não é o cara certo, mas eu e sua mãe estaremos de braços abertos se caso nossa menininha queira voltar...”.
"Sei que não esta a favor papai, mais faremos o possível para que dê certo ou pelo menos eu farei..."
Beijou minha testa antes de me entregar ao meu futuro marido, trocas de "sim", valsa, fotos e sorrisos...
Noite de núpcias... Noite de núpcias... Lua de mel... Hawaii... Parecia tudo um sonho, estávamos felizes por incrível que poderia parecer.
Eu tentei, eu realmente tentei fazer dar certo...
Mas como nem tudo na vida é doce e cor de rosa, as traições voltaram, junto das brigas, ciúmes e aquilo que sentíamos um pelo outro, aquela desejo todo, foi sendo deixadas de lado, empurradas para o fundo da estante, as noites quentes em que nossos corpos eram colados pelo suor que deles pingava, não eram tão quentes assim ou era apenas pelo aquecedor do quarto muito quente. Nem as tours faziam com que ele sentisse um pouquinho a mais de desejo, pois quando sentia, saciava seu desejo com as outras que passavam pela sua cama.
E a prova disso tudo, era eu ali no meio da sala paralisada, sem voz, com lágrimas escorrendo de meus olhos sem que eu fizesse força alguma, e todos os momentos bons que eu tinha lembrança foram manchados pela cena dele sem camisa agarrado com uma garota com a blusa aberta no meio da sala da minha casa... Da nossa casa...
Eu via o arrependimento nos olhos dele, seu semblante surpreso, certamente tentando pensar em algo para justificar o ato interrompido, como uma criança pega fazendo arte. Ele sabia a gravidade do que acabava de fazer, e viu em meus olhos que não seria como antes.
Passei por eles e fui direto ao meu quarto, não ficaria mais ali, já tinha sofrido demais, não sou tão burra como ele pensa que sou, não queria que fosse assim mas ele não me ajudou, não me deixou escolhas...
Desta vez eu era obrigada a dar um basta, pelo meu bem.
Peguei minha mala de viagem e coloquei o que encontrei pela frente das minhas coisas espalhadas, minhas lagrimas pingavam pelo quarto e minhas forças eram tão poucas que eu mal conseguia me manter em pé. Escutei um barulho, ouvi alguém correndo, o chão era de madeira e fazia muito barulho... Eu odiei o piso, mais ele gostava... Logo o vi entrar correndo no quarto, parando na porta ofegante, com os olhos arregalados ele me assistia colocar minhas coisas na mala ainda chorando prestes a ir embora.
–Ana não... - disse correndo até mim
–Foi tudo um erro... Desde o inicio, nunca deveria ter me casado com você, nunca deveria sequer ter saído com você àquela noite. - As lágrimas não me deixavam falar direito.
–Você não vai embora... Eu não vou deixar- disse arrancando as poucas roupas que eu havia colocado na mala e jogando com força no chão.
–Eu vou sim! Cansei Tom, cansei de ser burra ao ponto de achar que poderia melhorar com o tempo, de achar que eu poderia fazer com que nós dois pudéssemos amar algum dia, mas eu estava errada... Nunca iremos conseguir isso juntos. - disse juntando minhas coisas do chão.
–Você não vai a lugar nenhum! Sua casa é aqui e é aqui que você vai ficar!- disse tirando as coisas da minha mão e eu lutava para poder guardar tudo.
–PARA COM ISSO TOM! VOLTA PRA LÁ E TERMINA O QUE COMEÇOU!- Disse me descontrolando totalmente- NÃO ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA? HEIM? NÃO ERA ISSO? ME RESPONDA TOM! É O QUE TEM FEITO NOS ÚLTIMOS MESES, POR QUE HOJE SERIA DIFERENTE? UM DIVÓRCIO É TUDO QUE VOCÊ PRECISA PARA VOLTAR TUDO A SER COMO ERA ANTES!
–Ana, você esta descontrolada, se acalma e a gente conversa...
Ri sinicamente
– Você tá de brincadeira né? ME ACALMAR COMO? PRIMEIRO VOCÊ DIZ QUE VAI AO BANHEIRO E SOME, BILL TEM QUE ME TRAZER PARA CASA E QUANDO CHEGO AQUI O QUE EU ENCONTRO? O MEU MARIDO AGARRADO COM UM BISCATE NO MEIO DA SALA- Disse chorando ainda mais, olhei para ele ainda em prantos, pausando por alguns segundos- no meio da sala da nossa casa, NOSSA CASA! ONDE DEVERIA SER UM LUGAR NOSSO, NÃO ONDE VOCÊ TRAZ SUAS AMANTES, OU PELO MENOS PARECE, NÉ? JÁ QUE ISSO É UMA GRANDE FARSA DESDE O COMEÇO!!!
–TA CERTO! EU ERREI, MAS DA PRA PARAR? ME CRUCIFICAR NÃO VAI RESOLVER AS COISAS.
–E VOCÊ QUER QUE EU TE TRATE COMO? QUE EU TE APLAUDA E DEPOIS ME DEITE COM VOCÊ E BEIJE A SUA BOCA ONDE ELA BEIJOU E FINJA QUE NÃO OUVE NADA, QUE EU NÃO VI NADA? NESSE CASAMENTO PODE NÃO TER SENTIMENTO ALGUM, MAS EU NÃO SOU NENHUMA IDIOTA.
–PELO MENOS ELA DEMONSTROU UM POUCO MAIS DE INTERESSE EM MIM...
Eu não acreditei no que eu ouvi...
–Repete... Repete que eu não ouvi direito... Você está dizendo que uma qualquer que você catou na rua se importa mais com você do que eu? É isso? - Disse parando com tudo que eu fazia, colocando o indicador perto do ouvido direito e fechando os olhos.
–Ela não inventou desculpas de estar cansada, quando peguei ela de jeito... - disse me olhando com cinismo
Sua infantilidade me lembrava os piores momentos da nossa relação. Fui com tudo pra cima dele, fazendo o cambalear pra trás, eu batia em no peito dele com o resto das forças que me restavam.
–Cretino, eu te odeio! - disse tentando acertá-lo. - TE ODEIO.
Ele me segurou meus braços com toda força e me jogou na cama caindo por cima de mim, eu me debatia tentando me soltar mas a forma violenta que ele prendia começava a me tirar o fôlego. Percebendo que eu já não lutava mais, ele sentou na cama e me puxou pelas costas, e ainda me segurando com força contra seu peito ele me beijou com uma vontade que eu não sentia a muito tempo. Paixão ou medo de me perder? Eu me debatia tentando empurrá-lo, me descabelando toda, mas ele era mais forte, sempre foi. As poucas forças que me restavam logo se foram.
Sentia suas mãos fortes me apertarem as coxas por debaixo do vestido, subindo até minha calcinha, arrancando-a com rapidez, eu tentava fechar as pernas enquanto nossas mãos lutavam contra o outro, mas não conseguia seu peso novamente sobre mim era muito e eu estava fraca, ainda mais por voltar a chorar, as lágrimas escorriam pelos meus olhos, mas eu me mantinha em silêncio. Logo ele desabotoou a calça e eu pude sentir ele me penetrando com força, chegando a erguer meu quadril do colchão, dei um grito de dor, o único que não consegui reprimir. Ele me beijava com desespero, beijava tudo que sua boca alcançava, suas mãos me apertavam e apalpavam tudo que podia, eu suplicava que me deixasse ir, mas ele não parava.
–Não chora... Ana não chora!- disse ele tentando secar algumas lágrimas que teimavam em cair.
Continuei chorando ainda mais, não conseguia mais lutar, estava como uma boneca na cama dele.
Vi a raiva dominá-lo, a raiva por eu não obedecê-lo.
Aumentou as estocadas com força, me fazendo gritar de dor, tudo me veio à mente, a dor que causou em mim foi maior do que me tomar à força, a dor que eu sentia, era lembrar-me das noites cheias de carinho, em que me tomava com desejo, era quente, tão quente que ardia, suas mãos me deixavam vermelha, marcavam meu corpo em tudo que tocava mas eu não me importava, porque sabia que naquele momento ele era meu, somente meu e nenhuma no mundo poderia ter dele, todo o carinho que ele me dava, mas as lembranças serviram apenas para mais lagrimas se desprenderem dos meu olhos, e ver que o Tom pelo qual eu me apaixonei, sim me apaixonei... Perdidamente... Não existia mais... Logo senti o liquido quente dentro de mim, o fazendo perder a força e a vontade de me manter ali, ainda em prantos o empurrei de cima de mim, o jogando para o lado, escorreguei da cama, caindo de joelhos no chão e joguei o que pude na mala.
–Ana... - disse ele me segurando o pulso, quando eu puxava a mala para fora do quarto.
–Não encoste em mim...
–Olha pra mim... - disse meio alterado
–Não quero- disse batendo na mão dele que tentava puxar meu rosto
–OLHA PRA MIM PORRA! - disse puxando meu rosto com força- VOCÊ NÃO VAI SAIR DAQUI...
–Por quê? O que vai fazer pra me fazer ficar? Me pegar a força de novo? Me machucar, lembra Tom? "Prometo te amar e ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe." te lembra alguma coisa? Qual dessas partes você cumpriu? Me diz uma única e eu ficarei...
Ele ficou em silêncio e abaixou a mão que segurava o meu queixo
Fui em direção à porta, mas algumas de suas palavras me fizeram parar.
–Eu tentei...
Não ousei olhar para ele, fechei os olhos fazendo com que algumas lágrimas escorressem.
–Se você realmente tivesse tentado Tom... Não me trairia... Faria o que foi combinado...
Sai do quarto, passei pela sala a garota não estava mais lá, entrei em meu carro e vaguei pelas ruas sem rumo, não voltaria para casa de meus pais, eu não poderia me hospedar em um hotel jamais, me reconheceriam na hora, poderia ir para casa da minha irmã... Se eu tivesse uma... Restou-me a casa daquele que me ajudou e cuidou de mim em todas as vezes que Tom aprontava uma, fiquei com o carro estacionado na frente da casa dele, tomando coragem, abaixei a cabeça apoiada nos braços em cima do volante e chorei, chorei tudo que podia e mais um pouco, meu celular tocava sem parar, era ele ligando de casa, eu sabia que era de casa, o toque que escolhi denunciava, não atendi, deixei que caísse na caixa postal, sabia deixaria um milhão de mensagens na caixa postal, mas eu não ligava, não atenderia...
O que eu fiz de errado? O que eu fiz? Era o que vinha em minha mente, eu tinha certeza que o amava, mas como poderia me declarar a uma pessoa que me machucava tanto. Lembrei-me de quando saímos de madrugada para caminhar no parque do condomínio, sentamos em baixo da arvore e ficamos conversando, perguntando dos gostos um do outro, até que uma batida no vidro me assustou.
–Bill... - disse abrindo a janela
–Meu Deus Ana, o que houve?- Disse sem entender nada
–Posso ficar aqui, só hoje, até ter algum lugar para ficar?- Disse meio tímida com a presença dele
–Claro, mas o que houve? O que o Tom fez?- disse abrindo a porta do carro
Ter que contar tudo o que vi foi muito difícil, omiti de Bill o que Tom fez comigo depois da discução, não queria que eles brigassem por uma coisa que era só minha e dele, Bill sabia que o irmão não era um santo e sabia mais coisas que eu, mas mesmo assim, não queria ser um problema, mais do que eu já fui e sou...
– Eu não acredito que ele teve coragem... - disse Bill se levantando do sofá e andando pela sala- Ele a levou pra sua casa? Ele nunca trouxe nenhuma garota aqui pra casa, a não ser você, ele sabe muito bem que é antiético, ainda mais ele sendo casado...
Olhei para os meus pés, não sei onde meu corpo arrumava tanta água para tantas lágrimas, recomecei a chorar baixinho, meu corpo estava mole e minha cabeça doía tanto que eu achei que explodiria, eu não estava suportando mais...
–Ana... – disse sentado ao meu lado- você sabia que era um erro não é? Vocês dois sabiam...
–Seria pior se não tivesse feito, que exemplo ele seria depois?
–Não sei... Mas poderiam ter feito de outro jeito
– Bill... Nós erramos para depois fazer o certo, e agora eu farei... Vou me separar dele, já que não há mais nada que me faça continuar ao lado dele...
Bill suspirou pesado, me levou para o andar de cima da casa e me mostrou o quarto que eu dormiria o quarto que pertencera ao meu marido quando era solteiro.
–Me desculpe por isso... - disse se referindo ao quarto- Fique a vontade, tome um banho e durma um pouco, amanhã com a cabeça mais fria resolveremos como quiser.
–Obrigada... - disse entrando no quarto
Bill me beijou na testa e me deixou sozinha
Olhei o quarto, o quarto que eu lembrava muito bem, olhei cada canto dele da porta, vi o guarda roupa de madeira clara, o tapete no chão, os porta retratos, a cama arrumada, onde me prendeu a atenção, quase pude ver nós dois ali, deitados em baixo da coberta, ele me abraçando por trás, nossas mãos com os dedos entrelaçados, ele mexia em meu cabelo molhado e eu com os olhos fechados, nunca disse a ele, mas eu amava isso, quando nos saciávamos tomávamos um banho juntos e deitávamos na cama, ainda nus e ficávamos apenas nas carícias e poucas palavras.
Sentei na cama e tirei as sandálias, levantei a cabeça e pude ver meu reflexo no espelho à frente da cama, pude visualizar minhas coxas marcadas por suas mãos, meu pescoço arranhado pela barba ainda para fazer, e meu rosto com os olhos fundos e vermelhos, a maquiagem borrada e os cílios molhados, os cabelos bagunçados, me levantei e fui até o banheiro mal pude andar pelos meus pés cansados pelos saltos que estavam a me matar a muito tempo, liguei a água da banheira, desmontei o cabelo e tirei minha roupa, acendi um cigarro, peguei o mau hábito de fumar quando estou nervosa enquanto estive casada com ele, desliguei a água e entrei na banheira, ainda com o cigarro na mão, estava tudo em silêncio, só ouvia o barulho da água batendo nas laterais da banheira quando eu me mexia, fechei os olhos.
Ouvi os assovios familiares de Axl Rose da musica Patience começar a tocar dentro do banheiro, era engraçado como tudo colaborava com a minha infelicidade.
“One, two, one, two, three, four…”
Quando ele começou a cantar fechei os olhos, não queria lembrar nada.
“Shed a tear cause I'm missing you
I'm still alright to smile
Girl, I think about you every day now
Was a time when I wasn't sure…”
Era o meu celular tocando em cima da pia, eu sabia que era ele de novo, mais eu não atenderia, me submergi na água, com a mão que eu segurava o cigarro pra fora, tentando abafar o som do telefone, o que foi difícil e quase me matou com a falta de ar, a musica parou, mas eu continuei... Tom sempre disse que minha voz era boa, mas eu nunca acreditei...
– But you set my mind at easy/ There is no doubt you're in my heart now/ Said, woman, take it slow/ And it'll work itself out fine/ All we need is just a little patience…– Cantei enquanto tragava o cigarro
Paciência foi tudo que eu mais precisei… e foi tudo que eu procurei ter…
Não culpo só a ele, Tom não teve toda a parcela de culpa, na realidade a culpa nem sempre é de uma só pessoa, admito que também errei muito, fiz coisas sem pensar, talvez pensasse, mais só em mim... E toda a minha depressão momentânea era por não conseguir mantê-lo ocupado apenas comigo, por não ser o suficiente...
Logo o telefone tocou de novo, levantei e tirei a água do cabelo e esvaziei a banheira, peguei o celular e fui sem toalha até o quarto, molhando todo o chão, me deitei em baixo das cobertas e com o celular tocando ao meu lado adormeci...
Passaram se um mês desde que sai de casa, eu não estava mais na casa do Bill, apesar das insistências dele para eu ficar, eu havia alugado um apartamento perto dali, já não estava tão mal quanto antes, apesar de ter passado pouco tempo... Mas eu ainda acordava de manhã alisando a cama, o lado onde ele dormia, cheguei até chamá-lo achando que estava em casa... Na nossa casa...
Eu estava novamente parada na frente do condomínio onde morava, estava dentro do carro, olhando o prédio com o braço pra fora da janela, segurando um cigarro que estava pela metade entre os dedos, eu precisava pegar o resto das minhas coisas, e eu esperava muito que ele não estivesse em casa, ou que pelo menos ele não estivesse com ninguém, eu ainda estou com medo dos sentimentos que eu tinha e se ele não estivesse em casa me ajudaria, eu não queria enfrentar isso que eu sentia, sim eu estava fugindo, eu estava sendo uma puta medrosa nesse momento, mas e daí? Quem não teria?
Tirei os saltos e os joguei no banco de trás e coloquei um all star todo rabiscado, sem amarrar os cadarços, que eu tinha jogado no carro, coloquei os óculos de sol, fiz um coque meio desarrumado no cabelo ainda meio molhado, sai do carro, traguei e me abaixei, apaguei a bituca de cigarro no chão, joguei em um lixo que tinha ali e entrei no prédio.
Parei a frente do 318, esperando ter lembrado de trazer a chave, achei ela jogada dentro da bolsa, abri a porta e uma saudade bateu quase me derrubando emocionalmente, olhei tudo ao redor, estava tudo como antes, tudo no lugar, tudo como deixei...
Ri baixinho, com a nostalgia que me bateu, ao sentir o cheiro não muito forte de cigarro misturado com o cheiro de cachorro que tomou banho, roupa limpa e desodorante masculino, podia ser estranho, mais a nossa casa tinha esse cheiro...
Entrei sem fazer barulho, mais ao começar a andar, o chão de madeira me denunciou mesmo estando de tênis.
–Porcaria de chão– disse baixinho
Escutei algo, ai não!
–Scotty não!
Scotty, o cachorro do Tom, estava em casa, era bem provável que ele estivesse em casa.
Os cachorros passavam uns dias na casa de Bill, uns dias em nossa casa... Errr... Quer dizer na casa do Tom, parecia mais guarda compartilhada... Mas era bem legal, assim eles não sentem tanta falta uns do outro.
Vi ele virar o corredor correndo e latindo alto veio correndo até mim e pulando nas minhas pernas, quase me derrubando, acho que ás vezes ele não sabe a força que tem...
–Scotty, quieto!Se não o papai vai acordar– disse baixinho, fazendo-o ficar quieto me abaixei na frente dele, dei risada com o comentário- Seu pai ta em casa? – ele começou a abanar o rabo, dando a impressão de entender o que eu falava, mas ele entende... Claro que entende! Me apeguei tanto a eles desde que eu e Tom nos conhecemos que, assim como eles, os tratava como membros da família.
Acho que foi o que aproximou eu e Tom ainda mais, o amor pelos animais que ele tem me encantou.
–Que saudade que tava de você! E seus irmãos? Esta cuidando bem deles?-falei baixinho, acariciei os pelos dele e lhe beijei.
Estranho porque parecia que ele não estava em casa, pois estava tudo em silêncio, mas conhecendo o Tom ele não deixaria Scotty sozinho, trancado em um apartamento, passei pela sala, deixando meus óculos e minha bolsa em cima do sofá e Scotty brincando com seus brinquedinhos no tapete da sala e fui andando pelo corredor até o meu antigo quarto torcendo para que ele não estivesse ali, abri a porta devagar e pude ver, ele dormindo todo esparramado na cama, com uma perna dobrada e outra esticada e um dos braços sobre os olhos, o lençol lhe cobria só a cintura, tentei não me derreter com isso e pular na cama com ele.
Parei na porta, e fiquei o vendo dormir tranquilo, vê-lo assim, era como voltar ao tempo, voltar na época em que era tudo, um pouco mais fácil, onde a maior preocupação era a próxima vez que nos veríamos sem ser descobertos, ele tirou o braço do rosto, esticando ao lado do corpo, respirando fundo e mexendo os lábios, me aproximei da cama, senti vontade de tocá-lo, mais não poderia, eu sentia saudade de poder beijá-lo, tanta saudade que eu manteria guardada em mim até eu esquecê-la de vez e aprender a viver sem ele...
Estava tudo bagunçado como era de costume, tentaria tirar tudo que era meu sem fazer barulho, mas ao abrir o armário, aquela porcaria rangeu como nunca na vida, fechei os olhos os espremendo, torcendo para ele não acordar, me virei devagar, ele apenas se mexeu na cama, virando para o outro lado, voltei ao que fazia, procurei as malas e as encontrei em baixo da cama, puxei elas dali e fui tacando tudo que era meu ali dentro, as vezes olhava para ele, para me certificar que estava dormindo, não queria correr o risco de ter de enfrentá-lo novamente.
Eu havia voltado aqui duas semanas depois do ocorrido, para buscar mais coisas minhas e lhe deixar o termo de divórcio, mas ele não queria, não queria se divorciar de jeito nenhum e acabamos discutindo novamente, quase entrando na porrada.
Tentava lembrar, onde estava tudo que era meu, eram muitas coisas e estava tudo espalhado pra ajudar... Olhei para a parte de cima do armário avia uma caixa minha, onde eu guardava as joias da minha mãe, que ganhei dela para usar no casamento.
Eu nunca detestei ser baixinha, como estava odiando agora, eu estava na ponta dos pés tentando pegar a caixa, eu pulava baixinho pra não fazer tanto barulho, a puxei com as pontas dos dedos, fazendo ela cair, acabei pisando no cadarço do tênis e voando pra frente caindo no chão com a caixa do lado, fazendo mais barulho, era bem provável ele ter acordado agora...
–Ana saco de desastre...- resmunguei baixinho me sentando no chão cuspindo o cabelo da boca.
Scotty entrou correndo no quarto e começou a me lamber, eu tentava me levantar mais Scotty estava em cima de mim me atrapalhando.
–Ana?- disse se sentando na cama e coçando os olhos.
Eu não sabia o que dizer, estava imóvel na pior posição possível e com Scotty em cima de mim me lambendo.
–Oi?- falei meio sem graça.
–Oi...- ele pareceu pensar muito bem antes de falar- O que faz aqui?- disse sério, mas me pareceu meio perdido comigo ali, não sei direito- Scotty venha aqui!- disse batendo a mão na cama.
Scotty subiu na cama e deitou a cabeça no colo dele.
–Vim buscar o resto das minhas coisas... Ainda tenho a chave... - ele abriu e fechou a boca algumas vezes, mas não disse nada.
–Eu não.- disse sem tirar os olhos de mim, com certeza se referia a bagunça do quarto e que não esperava que eu voltasse.
Ele me olhava sério, mas sua expressão era de quem acordou com um susto. Não era espanto, só surpresa, como se encontrasse algo que avia perdido há um tempo e estava procurando e quando encontra, ele está estragado e no lugar mais obviu do mundo.
Ficamos nos olhando, não conseguíamos encontrar palavras que servissem no momento, ainda estava tudo bagunçado dentro dos dois, mas logo ele abriu um mínimo sorriso de canto, olhou para os lados e baixou a cabeça, olhando para Scotty em seu colo ainda sorrindo, seus sorrisos que me encantavam e eu me odiava por isso, o sorriso que ele sempre dava ao acordar todo preguiçoso, após uma noite bem dormida, com o rosto amassado e um pouco inchado, saudades de como seus olhos ficavam clarinhos pela manhã, como eu gostava disso, das poucas coisas mal percebidas que eu tinha o privilégio de ter todos os dias ao acordar, e muitas outras pelo longo do dia em que eu achava que nem fazia diferença se gostava ou não...
E lá estavam eles, os seus olhos na cor mel que me olhavam com um brilho diferente, como se sofressem, mas algo ainda o fazia feliz... O mesmo olhar que vi de frente para o espelho no dia em que casamos um nó na garganta se fez.
Ele não disse nada por muito tempo, enquanto eu voltei a arrumar as coisas, tentei não olhar para ele, tentei não pensar em nada, nada que fosse relacionado a nós dois, mas era difícil, quando se tem a pessoa que você mais queria perto, mas ao mesmo tempo longe, perto de você. Talvez eu não soubesse me expressar, eu realmente não sabia me expressar, nunca fui boa nisso, eu o queria, mas também me proibia disso... Sabia que ele estava me olhando, por isso não me atrevi a olhar pra trás, porque sabia que aqueles olhos me chantageariam, me comovendo por dentro, acabei ficando sem jeito e eu não queria nada disso pra mim...
Acabei encontrando uma caixa linda, que eu nem me lembrava de ter... Eu sabia que me arrependeria, mas abri mesmo assim, lá estavam nossas taças que usamos no casamento e nosso álbum, ele estava lindo, por mais que Dona Simone tenha reclamado falando que pelo menos no casamento ele teria que ir decentemente, que havíamos pagado muito caro no terno e no sapato e ele não queria usar, e não teve quem o fizesse colocar o sapato e mesmo assim ele estava lindo, seu sorriso era verdadeiro apesar das circunstâncias do acontecimento. Uma lágrima escorreu dos meus olhos e eu sorri, limpei a lágrima e coloquei a caixa em cima da cama
Eu estava saindo do quarto com a caixa de joias na mão, Tom carregava contra a vontade a minha ultima mala.
–Bem, eu já vou indo... Éééé... obrigada pela ajuda com as malas...
Ele mordeu o lábio, coçou atrás da orelha e colocou as mãos nos bolsos da calça, era incrível como Tom conseguia acabar comigo com apenas um olhar, um olhar que dizia tudo que sua boca não falava.
Olhei para ele, tomando coragem, ou perdendo o pouco que eu ainda tinha.
–Ah e o termo de divórcio... Quando tiver assinado...
Não consegui terminar, eu não sabia como agir, não sabia o que fazer, estava começando a ficar mais perdida ainda.
–Ok, já vou...- disse me virando para a porta.
–Ana... Eu queria conversar com você. - disse pegando em minha mão
–Tom eu...
–Por favor, me escuta, se eu não te convencer a ficar eu assinarei o que você quiser. - falou firme e uma só vez
Eu não sabia o que dizer, nada saia da minha boca eu queria ir embora dali o mais rápido possível, mas meus pés não se moviam.
–Ana, eu sei que nada que eu diga vai adiantar, mas eu preciso tentar... Esses últimos dias foram os piores da minha vida, não sei o que foi, mas foi pior que muita coisa que eu já senti...
–Tom...- disse puxando minha mão.
–Não, escuta! Olha sei que nosso casamento foi uma palhaçada desde o começo, sei que foi uma escolha errada e que não era nossa intenção tudo que aconteceu, mas eu não podia me separar de você, muito menos deixá-la sozinha na cagada que nós dois fizemos.
–Tom, não há problema algum agora... O motivo para estarmos casados, morreu há um ano, literalmente... - eu ainda não sabia o que sentir sobre isso...
–Eu sei disso, eu não queria me casar e você sabe disso, nenhum de nós queria, mas o motivo pelo qual não pedi o divórcio depois que você... – era bem provável que ele também não sabia ainda como se sentir sobre o assunto - Foi por não conseguir te ver longe, nos braços de outro, eu não admitia estar sentindo isso, não sei o que é isso, tinha medo de depender de você, eu não sei com o que estou lidando, isso é novo para mim...
–E por isso vivia como se não fosse casado?
–Eu tentava de todas as formas, não te desejar, tentando achar em outras, o que eu queria... Que só você tem... E mal eu sabia que já estava sentindo isso há muito tempo... Ana eu...
–Tom, Não! Eu não quero ouvir, dizer isso não fará com que eu fique...
–Mais eu preciso, eu me apaixonei por você, sei que isso não muda em nada a situação, mas... Preciso de você...
–Tenho que ir... - disse me virando, peguei o que conseguia e sai dali.
Eu não aguentaria mais isso, tudo que eu mais quis desde, sei lá eu quando, ele falou agora e eu não podia aceitar, não queria acreditar, não queria, não mais uma vez...
Entrei em meu apartamento, agarrei na primeira coisa que vi e joguei na parede, sorte ter sido minha sapatilha velha jogada por ali, me joguei no tapete fofo da sala e fiquei ali até absorver todo o pó do chão, ou pelo menos até o pó irritar minha alergia e começar a ter um ataque de espirro...
–Porcaria... - disse assuando o nariz em um lenço sentada em cima da cama- maldito Kaulitz, por que disse isso só agora? Não, primeiramente, porque eu fui transar sem camisinha? Maldição!- disse tacando a caixa de lenço na parede e me jogando pra trás caindo deitada no colchão- ATCHIN!
Peguei meu celular e olhei o visor, normal como sempre, fui ao ícone de mensagem e escrevi...
“OI...”
Destinatário: TOM
É eu não tinha o que fazer mesmo... Logo meu celular tocou novamente
“rsrsrs Oi!”
Eu não sei por que puxei conversa... Mas eu sei que tenho problemas...
“Ta em casa?”- mandei
“To em casa... Tava deitado... Por quê? Vai vir aqui?”
Vai besta, colocou lenha na fogueira, agora sai dessa.
“Não, força do hábito.”
Mandei, logo a resposta chegou.
“Queria dormir com você mais uma vez... e acordar ao seu lado...”
Eu não acredito... Odeio o que ele causa em mim, que me faz sorrir quando não quero... Que me faz lhe beijar quando eu queria lhe bater... Não adiantaria não responder, ele ligaria...
“Tom, por favor... Desculpa o incômodo, não sei por que te mandei mensagem... Dorme vai, boa noite...”.
Virei de lado esperando a resposta, como eu sou uma imbecil!
“Boa noite meu anjo...”.
Não cara... Odeio como ele meche comigo, quero esquecer ele, mas ele não deixa... Os dois não deixam...
Arremessei o celular no meio das minhas roupas que estavam jogadas no chão, no canto do quarto e soquei o travesseiro na cara.
Depois de tomar um banho, e embarcar em uma tentativa fail de dormir ás 21:00 hrs, estava sentada na cama, ouvindo Aerosmith, apenas de lingerie, tragando o terceiro cigarro e me xingando internamente por não conseguir ser forte quando preciso...
Dane-se tudo, sempre me arrependi de tudo e sei que vou me arrepender de novo.
–Imbecil, imbecil, imbecil...
Toquei a campainha, eu realmente estava sendo uma imbecil agora de estar tocando a campainha alheia apenas de robe, meu all star rabiscado e desamarrado e um cigarro de menta aceso na mão.
Ele abriu a porta, sorrindo de canto e me olhou de cima abaixo.
–Eu sei estou horrível...
–Esta linda...
Ficamos em silêncio ele estava encostado na porta me olhando e sorrindo, usava uma samba calção verde escura que estava amostra por debaixo da calça de moletom cinza clara.
Ele mordeu o lábio inferior, pegou minha mão e me puxou para dentro do apartamento, fechou a porta, nos olhamos apenas... Ta okay, plano C: Corra para casa...
–Ta foi mal a hora, to indo embora.
–Não, venha aqui- disse me puxando mais pra perto e segurando em minha cintura- já que esta aqui passa a noite comigo.
–Tom... Acho melhor eu...
–Vai, fica comigo... - disse olhando em meus olhos.
Porcaria...
–Não quero que fume- disse pegando o cigarro que eu tragava de minha mão e apagando no cinzeiro mais próximo.
–Estou nervosa...
–Você sabe que eu não gosto que fume - disse roçando seu nariz no meu- Não quero que se estrague... – A forma como ele se mostrava preocupado comigo era linda, acho que nenhum dos dois reparou como nos preocupávamos um com o outro...
Ele me beijou com tanta vontade, tanta saudade que me entreguei, me entreguei totalmente.
–humm... Fica?
–Eu vou me arrepender muito disso.
–Se arrepende depois.
Ele enveredou as mãos por dentro do meu hobbie, revelando meu corpo seminu.
–hmm... Já veio pronta... - disse apertando meu traseiro, ele desceu meu robe, jogando-o no chão, com os pés tirei meus tênis.
Colocou-me contra a porta ainda me beijando, suas mãos percorriam a lateral do meu corpo, por vezes me apertando, me sustentou com as mãos e me colocou em seu colo, com as pernas ao redor de sua cintura, me apertando no meio das pernas. Eu podia sentir sua ereção pulsar em minha entrada me excitando, os gemidos eram altos e a porta fazia um escândalo, batendo no batente. Escutamos batidas na porta, fazendo nos entreolharmos com os olhos arregalados.
–Não se mexe– disse baixinho, ele olhou pelo olho mágico e riu- é o sindico...
Ele bateu de novo
–Senhor Kaulitz?
Comecei a rir me espremendo pra não gargalhar, ele tentava me fazer parar de rir, mas acabava rindo junto, o sindico bateu novamente na porta, dessa vez mais forte, me empurrando, fazendo a gente cair na gargalhada, pelo baque fazer sua cintura bater entre minhas pernas, nos arrepiando todo.
–Só... Um minuto... - disse ele se controlando e me descendo de seu colo
Coloquei o robe e abrimos a porta, Tom ficou atrás de mim, me apertando contra sua cintura discretamente, enquanto eu tentava fazê-lo parar.
–Em que podemos ajudar?- disse ele
Sínico!
–Bem é... - ele ficou meio sem graça por nos ver naquela situação, até porque meu robe estava meio aberto- A visinha da frente ligou para o meu apartamento, alegando que eu tomasse uma providência, pois os senhores estavam fazendo muito barulho, e como vocês sabem ela tem um bebê pequeno e tudo mais...
–Nos desculpe por isso- disse tentando parecer séria
–Sei que casaram a pouco tempo, respeitamos a imagem de vocês e não falamos da intimidade de vocês, mas vocês sabem como são eles não é?- disse apontando a porta da frente.
–É tentaremos... Não fazer... Tanto... Barulho- disse Tom olhando pra baixo com um sorriso cômico nos lábios.
Logo o Sindico foi embora meio desconcertado, enquanto nós nos partíamos de rir da situação. Ainda rindo ele me levou para o quarto e me deitou na cama devagar, se sustentou pelos braços em cima de mim e ficou me olhando até eu parar de rir, e apenas sorrir para ele.
– Você fica linda sorrindo.
–Isso, é porque você não se olha no espelho quando está sorrindo.
Sorriu e me beijou devagar, com carinho, acendendo aos poucos o que o síndico atrapalhou, abriu devagar meu robe, suas mãos acariciavam meu corpo com delicadeza, percorrendo suas mãos fortes nos pontos fracos do meu corpo que ele sabia muito bem quais eram, me apertando por algumas vezes, distribuía beijos suaves pelo meu pescoço, colo, seios. Logo podia sentir minha boca arder, seus braços ao lado do meu corpo tremiam de ansiedade assim como todo o meu corpo.
Ele se afastou um pouco e tirou sua calça, tirei meu robe novamente, voltando a me beijar como antes, distribuindo beijos pelo meu pescoço, sua mão passeava pelas minhas costas, onde encontrou o fecho do soutien abrindo-o em seguida e jogando em qualquer canto, ele experimentou cada pedaço do meu seio com a língua, o fiz deitar na cama e subi em cima dele sentando em seu quadril, me mexendo ao mesmo tempo em que o beijava e ele tocava meus seios, eu rebolava em cima dele fazendo-o gemer baixinho e fechar os olhos.
–Vamos vai, para de brincar comigo... – disse ofegante. - Eu preciso sentir você.
Deixei-o comandar, ele tirou minha ultima peça de roupa desesperadamente e logo a dele, abriu minhas pernas gentilmente, entrou no meio delas e começou a me penetrar aos poucos, arrancando gemidos dos dois, logo foi aumentando a velocidade das estocadas, ele abriu mais minhas pernas, deixando-o livre para se mexer como queria, fazendo movimentos circulares entre elas.
–Amo sua elasticidade. - disse em meu ouvido.
–É o que anos de ballet me proporcionou querido... - fui calada pelos seus lábios grossos sobre os meus.
Não demorou muito e já pingávamos suor, meus cabelos grudados no rosto e no pescoço, suas tranças também colavam em seus ombros, sua expressão de puro êxtase, a boca entreaberta por vezes mordia os lábios ou me beijava, me fazia crescer uma vontade imensa de não ir embora, de ficar nos seus braços, sentindo esse prazer, esse amor.
Mas talvez não fosse sempre assim.
–Eu te amo...- foi inevitável.
Ele sorriu e me beijou.
–Eu te amo.
Sabe aquela sensação que te dá quando você sente um perfume diferente e aquilo te lembra algo bom junto da pessoa amada, de um tempo que ficou no passado? Aquela emoção, que te dá uma sensação tão boa que você achava que nem existia mais, ou que nem é mais possível ser tão grande que só se tem vontade de se entregar a pessoa amada sem ter medo? Foi o que eu senti, Tom estava se declarando a mim e eu a ele, coisa nunca antes permitida pelos dois quando éramos casados, nosso casamento era como uma amizade colorida, onde se tem sexo mais não tem compromisso, mas agora estava sendo bem mais que uma transa ou ostentação de desejos acumulados, era amor! E eu não sabia se isso era bom ou ruim... Não queria pensar nisso agora...
Seus gemidos fracos foram ficando mais intensos e logo senti seu liquido quente esguichar dentro de mim, e seu corpo relaxar sobre o meu, ele fechou os olhos e ficou ali, acalmando a respiração de olhos fechados ainda dentro de mim.
–Estou pesado em cima de você?- disse sem se mexer.
–Não.
Ele virou o rosto e me olhou, o empurrei , fazendo o rolar do meu lado, me levantei e o puxei pela mão até o banheiro, liguei o chuveiro e o puxei para entrar no Box comigo. Ficamos em baixo da água nos beijando e acariciando um ao outro, não demoramos muito ali, mais foi como se o tempo parasse, Tom era muito carinhoso, mais muitas vezes evitava fazê-lo, mas acabava sendo sem perceber, era lindo...
Deitamos na cama, embaixo das cobertas, ele entrelaçando seus braços em minha cintura e acariciando meu cabelo, como antes...
Ficamos calados por um tempo, eu podia ouvir sua respiração e o barulho do lençol sendo mexido pelos seus pés.
–Já disse alguma vez que adoro seu cabelo molhado? - disse sério.
Ri da cara que ele fez, encostei a cabeça em seu ombro e fechei os olhos.
–Já, já disse... - disse ainda de olhos fechados.
Me virei de frente para ele e reencostei minha cabeça em seu ombro
–Acho que eu nunca disse que gosto quando ficamos assim, como estamos agora.
–Esta dizendo agora.
Escutei ele rir fraco, ele começou a acariciar meu rosto, desceu sua mão pela lateral de meu corpo e passou a acariciar minha barriga, e eu retribuía, dava para ver que ele estava cansado, pois seus olhos estavam fechados, com sono, minhas caricias quase o faziam adormecer...
–Tom?
–humm.
–Não dorme...
–não to dormindo...
–Como você acha que seria, se ele tivesse aguentado?
–Esta se referindo ao bebê?
–Sim...
–Não faço ideia... Tento não pensar nisso.
–Acho que eu gostaria que ele tivesse nascido...
–Ele teria um ano e nove meses agora...
Não sei como ele sabia quantos anos ele teria, talvez tivesse feito às contas. Ficamos em silêncio, por mais que não parecesse, acho que já tínhamos qualquer tipo de sentimento por ele quando ele ainda estava em minha barriga, eu não sei se foi bom ou não eu ter perdido o bebê, talvez isso fosse preciso para que ele não passasse por essa situação em que os pais dele estão metidos.
Apertei os olhos, me virei de costas novamente, era difícil dizer olhando em seus olhos...
–Você assinou o termo de divórcio?- perguntei a ele sem olha-lo
Escutei ele respirar fundo, virar um pouco o corpo para o lado, ele me virou para ele, estava sério, até um pouco triste e com a folha na mão.
–Você quer mesmo isso?
Não falei nada
–Quer se separar mesmo me amando?- vendo que não teria resposta me esticou a folha e se levantou da cama, pegando um cigarro, acendendo e indo fumar na janela.
Peguei a folha, me sentei na cama e reli o termo, corri os olhos pela folha e vi a assinatura de Tom no fim da folha, na barra marcada onde deveria assinar, e ao lado a minha estávamos separados definitivamente. Isso não me soou como queria que soasse
–Tom, se tudo fosse diferente, se não tivesse essas garotas, talvez eu...
–Você não entende mesmo né...? Não há mais garota alguma e estou disposto a mostrar isso a você... – disse sério sem me olhar
Olhei para o lado sem ter um ponto fixo, o que eu teria a perder? Tudo! Não aguentaria sofrer de novo, não agora...
–Posso te pedir uma coisa?- Disse com medo da resposta
–Diga... – Ele pagou o cigarro e se voltou novamente para mim.
–Diz que me ama- Falei o encarando.
Ele se aproximou de mim, quase ficando por cima do meu corpo, nossos rostos estavam bem próximos, ele me olhava nos olhos, até parecia que queria saber o que eu sentia em minha alma, me fazendo amolecer na cama.
–Eu te amo... Muito...
Neste momento eu fiz a escolha mais difícil da minha vida, ele levou um susto e me olhou sem entender nada.
Eu havia rasgado o termo de divórcio ao meio
–O que...?- disse ele olhando para minhas mãos que tremiam ao rasgar a folha em centenas de pedaços
Encolhi os ombros e sorri
–Eu me apaixonei por você, Kaulitz... Me diga o que vamos fazer agora...
Tom se sentou na cama, me puxou me abraçando forte e me beijou, joguei longe os pedaços daquela folha e me concentrei em amar e ser amada a noite toda, em dar uma chance a ele de me mostrar que pode ser diferente dessa vez, que por mais que a vida tenha nos colocado na mesma situação de uma forma torta, nós também temos a capacidade de amar, de uma forma louca que só nós entendemos, e é o jeito mais gostoso de amar o jeito como ele me ama, mesmo sendo dolorido às vezes, mais ainda amo o jeito como ele me ama...
-X-
Então é isso, espero que tenham gostado, me diverti muito escrevendo esta one, na verdade eu me obriguei a escrever porque o maldito sonho não me saia da mente e não me deixava trabalhar concentrata @.@ (clichê eu sei) então agradeço por terem lido.